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Trabalhadores da TAP avançam para greve geral de quatro dias no final do ano

A plataforma sindical que representa os trabalhadores da TAP acordou, esta quarta-feira, avançar com um pré-aviso de greve para os próximos dias 27, 28, 29 e 30 de Dezembro, numa das épocas mais altas do ano.

Sofia A. Henriques/Negócios
10 de Dezembro de 2014 às 20:14
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"Os sindicatos subscritores decidiram desencadear todas as acções necessárias e suficientes, com destaque para uma acção industrial contínua e coordenada para os próximos dias 27, 28, 29 e 30 de Dezembro, para sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização, oportunamente e nos termos anunciados", segundo uma nota de imprensa.

 

Ao longo de 11 pontos, a plataforma sindical dos trabalhadores do Grupo TAP explica as motivações desta paralisação.

 

Após uma reunião conjunta, os diferentes sindicatos concluem que o Governo tem a intenção de excluir os trabalhadores do processo de reprivatização da TAP SGPS, ficando assim "em causa a continuidade dos Acordos de Empresa em vigor, os postos de trabalho, os direitos contratuais estabelecidos e a utilização do trabalho".

 

"No futuro, serão exigidas concessões adicionais, através da denúncia de todos os demais Acordos de Empresa, à semelhança do recentemente sucedido com o PNC (Tripulantes de Cabine), para financiar a reestruturação do Grupo", acrescenta a mesma fonte.

 

Os trabalhadores advertem também para os "riscos de subcontratação, da implementação de um programa de revitalização empresarial ou de transferência de actividade de voo para outras empresas".

 

Acusam ainda o Governo de pretender entregar a TAP "a interesses privados, por um preço irrisório".

 

A plataforma sindical refere que a TAP "dispunha de depósitos bancários no valor de 305,6 milhões de euros, dos quais 146,2 milhões imediatamente mobilizáveis, em 30 de Junho de 2014 e que estão coordenadas acções decisivas entre os sindicatos do Grupo TAP para a salvaguarda dos interesses vitais comuns".

 

Com esta base, os trabalhadores decidiram avançar para greve geral, num dos períodos mais altos do ano.

 

Fernando Pinto, presidente da companhia manifestou, esta semana, que sujeitar a TAP à quinta greve este ano, poderá acarretar sérios problemas, com prejuízos incalculáveis.

 

Para se juntar a este protesto faltam apenas os pilotos da Portugália que realizam uma assembleia geral nesta quinta-feira. Apesar de fazer parte do grupo TAP, os trabalhadores da PGA decidiram autonomizar a sua decisão.

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