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Sindicatos da TAP e Ministério da Economia reúnem-se na sexta-feira

O ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou que está agendada para sexta-feira uma reunião no Ministério com os sindicatos da TAP, rejeitando fazer um comentário sobre a convocação da greve para a quadra do Natal.

Pedro Elias/Negócios
11 de Dezembro de 2014 às 01:26
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Os 12 sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, entre os quais os pilotos, decidiram na quarta-feira avançar com uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de Dezembro.

 

Instado quarta-feira a comentar o anúncio de greve, Pires de Lima, que se encontra em Boston, nos Estados Unidos, disse que "há uma reunião marcada desses sindicatos no Ministério da Economia com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e onde ele próprio procurará estar para ouvir os sindicatos, perceber as motivações desta greve que foi anunciada".

 

Por isso, "acho que não seria curial estar-me a pronunciar sobre este tema", que classificou de "sensível" e "delicado", relativamente a uma empresa "muito importante para os portugueses" e que "presta serviços relevantes todo o ano".

 

Pires de Lima falava à Lusa e à RTP em Boston, à margem de uma iniciativa do programa Portugal Ventures, que decorreu no Cambridge Innovation Center.

 

O ministro rejeitou pronunciar-se publicamente sobre o tema, nomeadamente por estar nos Estados Unidos a "promover a actividade exportadora, de inovação e de empreendedorismo" portuguesa. "Vou ouvir e não quero de maneira nenhuma estar-me a antecipar publicamente àquilo que será a reunião de sexta-feira", reiterou.

 

Questionado sobre se a marcação da greve é definitiva ou se poderá haver alterações, Pires de Lima disse que iria "transmitir em primeira mão aos sindicatos aquilo" que é a sua "sensibilidade relativamente a esta matéria".

 

O governante rejeitou qualquer tipo de receio para não fazer comentários sobre a greve. "Não é por receio ou medo" que não reajo ao tema em Boston, mas sim "por respeito aos próprios trabalhadores e instituição" que reservo o direito de reagir após ouvir os sindicatos.

 

Questionado sobre se vai privatizar a TAP no período que tem traçado, Pires de Lima afirmou: "Essa é uma questão que nem se põe".

 

Depois da aprovação do decreto-lei da privatização da operadora aérea portuguesa, aguarda-se a promulgação do mesmo pela presidência, para depois se avançar com o caderno de encargos.

 

Pires de Lima garantiu que a privatização da TAP vai acontecer "durante os primeiros meses de 2015".

 

Em comunicado conjunto divulgado na quarta-feira, a plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP adiantou que a greve tem como objectivo "sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização".

 

"As garantias invocadas pelo Governo, até este momento, não são credíveis, nem eficazes. O interesse nacional não é salvaguardado. Não há urgência em privatizar, tal como o ministro da Economia transmitiu no passado dia 5 de Dezembro, na Assembleia da República", adianta o comunicado da Plataforma Sindical da TAP, divulgado após uma assembleia-geral do Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil realizada na quarta-feira.

 

Os 12 sindicatos sublinham que a privatização do grupo "não garante o crescimento da actividade, nem a manutenção da TAP de hoje, nem o nível do emprego, nem as receitas fiscais, nem os fluxos turísticos no território nacional".

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