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Presidente da Confederação do Turismo: "A TAP não vai aguentar 10 dias de greve"

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), considerou esta quinta-feira que "a TAP não vai aguentar 10 dias de greve", uma vez que a situação financeira da companhia aérea "é débil".

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Abril de 2015 às 17:53
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"Não interessa muito ganhar o que quer que seja, ou ter razão, se amanhã não tiverem companhia aérea", afirmou o presidente da CTP, contactado pela Lusa, referindo-se à paralisação dos pilotos da transportadora, anunciada na quarta-feira para o período de 01 a 10 de maio.

 

A greve foi decidida na quarta-feira, em assembleia-geral convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), reunião que contou com a participação de cerca de 500 pilotos da TAP.

 

Além da situação financeira da companhia, Francisco Calheiros lembrou que a TAP está a ser privatizada, considerando que este processo também vai ser afectado. "Acho que há alturas para tudo e que a greve é um direito dos trabalhadores, mas esta não é a altura para fazer greve", sublinhou.

 

Quanto aos efeitos para o sector, "aconteça o que acontecer, mesmo que a greve seja desconvocada, o mal já está feito". De acordo com Francisco Calheiros, os agentes de viagens começaram a receber os primeiros cancelamentos logo na terça-feira, só por se saber que estava marcada uma assembleia-geral de pilotos.

 

O presidente da CTP calcula que os voos da companhia portuguesa representam "cerca de metade da oferta de transporte aéreo de ligação a Portugal", num país "muito dependente do transporte aéreo para o turismo", e receia que os possíveis visitantes optem por outros destinos. "Só o facto de ouvirem falar em greve não é bom", alertou.

 

"É óbvio que vamos ter impacto para todas as empresas de turismo", concluiu, salientando que este sector "é aquele que mais tem contribuído para a recuperação do país".

 

Num comunicado emitido na semana passada, a direcção do SPAC já tinha informado que "o processo negocial entre o sindicato, a TAP e a PGA, no âmbito do compromisso subsidiário do acordo ratificado com o Governo em 23 de Dezembro de 2014 chegou a um impasse insanável, por motivos estritamente imputáveis à TAP, à PGA e ao Governo".

 

Em causa, estão as pretensões dos pilotos sobre as diuturnidades e sobre a obtenção de 20% do capital da companhia aérea, aquando da sua privatização, que deverá estar concluída até ao final desta legislatura.

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