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Pharol pede indemnização à Oi por perdas de 10 mil milhões de euros
A Pharol interpôs uma acção judicial contra a operadora brasileira Oi na qual exige uma indemnização por perdas de 10 mil milhões de euros por ter ocultado a real situação da empresa aquando da “Combinação de Negócios” com a então PT SGPS.
Segundo a edição desta sexta-feira do Jornal Económico, que teve acesso à acção interposta, a Pharol, liderada por Luís Palha da Silva, apresentou a acção no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa contra a empresa brasileira e demais subsidiárias que eram detidas pelo Grupo PT.
Em causa está a alegada ocultação da verdadeira situação financeira aquando da "Combinação de Negócios". De acordo com o jornal, na acção principal a Pharol reclama uma indemnização a título de "compensação pelos danos efectivamente sofridos em virtude da conduta e incumprimento da Oi, que determinaram, entre outros prejuízos, a perda de valor dos activos da Pharol e da marca portuguesa Portugal Telecom, num montante superior a 10 mil milhões de euros".
A empresa liderada por Luís Palha da Silva considera que a reposição das perdas sofridas "implicaria a restituição de todo o prestado pelas partes [PT SGPS e Oi] com a consequente devolução das quantias e activos" que a Pharol entregou em 2014, no âmbito da subscrição do aumento de capital da operadora brasileira.
Assim, a Pharol pede o "arbitramento de uma indemnização que, nos termos da legislação aplicável", permita à Pharol repor a "situação que existiria se a Oi não tivesse mentido, omitido e criado artifícios que levaram a Pharol, representada pelos seus accionistas em assembleia-geral, a aceitar a celebração da dita "Combinação de Negócios", a sua renegociação e, posteriormente, a autorização de venda do seu activo operacional, a PT Portugal à Altice".
O jornal indica que a Pharol pede uma indemnização de cerca de dois mil milhões de euros pelos danos sofridos, referindo ainda a perda de valor em bolsa da Pharol no montante de 7.121 milhões de euros, directamente imputável "à violação pela Oi das mais elementares obrigações e deveres de informação, boa-fé e lealdade".