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Isabel dos Santos lança OPA de 1,21 mil milhões de euros sobre a PT SGPS

A Terra Peregrin, empresa controlada por Isabel dos Santos, lançou este domingo uma oferta pública de aquisição voluntária sobre a Portugal Telecom SGPS, oferecendo 1,35 euros por acção, o que traduz um prémio de 11% sobre a última cotação da operadora.

Isabel dos Santos à saída da reunião que durou cerca de 30 minutos
Miguel Baltazar/Negócios
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A empresária angola Isabel dos Santos avançou com uma OPA sobre a Portugal Telecom SGPS, oferecendo 1,35 euros por cada acção da companhia, o que traduz uma contrapartida de 1,21 mil milhões de euros.

 

O preço oferecido traduz um prémio de 11% sobre a cotação das acções da empresa na passada sexta-feira (1,217 euros) e surge depois de na semana passada a Zopt, controlada por Isabel dos Santos e a Sonae, terem manifestado interesse em participar numa solução para a PT Portugal

 

A OPA lançada este domingo é concretizada apenas por Isabel dos Santos e incide sobre a PT SGPS, que de forma directa não controla a PT Portugal. A PT SGPS, que é cotada na bolsa de Lisboa, é accionista da Oi, sendo a operadora brasileira que controla a PT Portugal, a empresa que detém a actividade operacional em Portugal, como o Meo e o Sapo. A PT SGPS detém actualmente 39,7% do capital da Oi, sendo que a posição directa é de 35,8%. No âmbito da fusão, os accionistas da PT SGPS ficarão com 25% do capital da nova Oi.

 

"Posição relevante na Oi"

 

No anúncio preliminar da oferta, a empresa de Isabel dos Santos diz que a oferta é voluntária e incide sobre a totalidade do capital da PT SGPS. A empresária angolana compromete-se a "manter as grandes linhas estratégicas definidas pelo Conselho de Administração" da PT SGPS, e "os objectivos inerentes aos acordos celebrados entre a sociedade visada e a Oi e um conjunto de outras entidades com esta relacionadas, no âmbito da combinação dos negócios da sociedade visada e da Oi, embora sujeito a algumas alterações de calendário".

 

Apesar de ser favorável à continuação da fusão da PT com a Oi, Isabel dos Santos impõe um conjunto de condições para a efectivação da OPA, anunciada este domingo, e que estão relacionadas com a Oi.

 

Uma das condições visa que o processo de fusão entre a PT e a Oi seja suspenso de imediato "até ao trigésimo dia posterior à liquidação física e financeira da oferta".

 

Caso garanta a aquisição da PT SGPS, Isabel dos Santos garante uma posição de relevo na estrutura accionista da Oi. A empresa brasileira recebeu uma proposta da Altice para vender a PT Portugal e já anunciou que pretende alienar a posição detida na Unitel, operadora angolana que é controlada por Isabel dos Santos.

 

Para que a OPA tenha sucesso, a empresa de Isabel dos Santos terá de adquirir pelo menos 50,01% das ações e dos direitos de voto correspondentes ao capital da PT SGPS. O Caixa - Banco de Investimento é o intermediário financeiro da operação.

 

Numa declaração escrita enviada à imprensa, fonte oficial da empresária angolana diz que "objectivo final é a aquisição de uma participação relevante, mas minoritária e não de controlo, no capital da Oi, permitindo a manutenção da unidade do grupo Portugal Telecom, reconhecendo e potenciando a capacidade tecnológica da empresa, ao mesmo tempo que é reforçada a capacidade da Oi num momento crítico do mercado de telecomunicações".

 

Acrescenta que "a oferta faz parte de um plano de crescimento de longo prazo e de reforço das capacidades e dos activos humanos das empresas envolvidas e propõe uma contrapartida financeira justa e equitativa".

 

Fonte próxima de Isabel dos Santos disse ao Negócios que outro objectivo desta oferta visa "reforçar o núcleo duro de accionistas da PT, que ficou enfraquecido" com saída da Caixa geral de depósitos e o que aconteceu ao BES.

 

(notícia actualizada às 20h05)

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