As acções da PT SGPS subiram 11,83% para 1,361 euros, um valor que supera a contrapartida oferecida por Isabel dos Santos na OPA (1,35 euros). Os títulos chegaram a subir um máximo de 14,63%. A sessão foi marcada por uma elevada liquidez, tendo trocado de mãos 19,6 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 12,5 milhões.

As acções da Oi estão a subir 7,50% para 1,29 reais, tendo chegado a avançar mais de 9%, reflectindo a possibilidade de encaixe financeiro com a venda da PT.

A negociação das acções esteve suspensa toda a manhã, até às 12h30 por ordem da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em causa esteve o anúncio de lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a empresa, que detém 39% do capital da brasileira Oi.

O anúncio foi feito no domingo, 9 de Novembro, ao final do dia e o regulador considerou que os investidores precisam de tempo para analisar a proposta em causa.

A empresária angolana Isabel dos Santos avançou com uma OPA sobre a Portugal Telecom SGPS, oferecendo 1,35 euros por cada acção da companhia, o que traduz uma contrapartida de 1,21 mil milhões de euros.

O valor da OPA está 11% acima da cotação de sexta-feira, 7 de Novembro, da PT SGPS (1,217 euros) mas 30% abaixo da cotação de fecho média dos últimos seis meses (1,9328 euros).

Os analistas do BESI consideram mesmo que "as hipóteses de um resultado bem-sucedido podem ser limitadas, tendo em conta não apenas o prémio reduzido face ao preço das acções da PT mas, acima de tudo, considerando as condições definidas para que a oferta avance", comenta o analista Nuno Matias na nota de "research" do BESI desta segunda-feira, 10 de Novembro.