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Associação de aconselhamento a accionistas recomenda voto a favor na assembleia da PT
A ISS (Institutional Shareholder Services), uma associação de aconselhamento e apoio aos accionistas, recomenda o voto a favor na assembleia-geral da Portugal Telecom de 8 de Setembro.
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A ISS (Institutional Shareholder Services), associação de aconselhamento aos accionistas, deu já a sua recomendação para a assembleia-geral de 8 de Setembro da Portugal Telecom. A ISS recomenda aos accionistas da operadora que votem favoravelmente o único ponto da ordem de trabalhos, para que a fusão com a Oi possa prosseguir.
Na recomendação, a que o Negócios teve acesso, a ISS explica que um voto a favor permitirá "à companhia continuar com a combinação de negócios [com a Oi], que faz sentido numa perspectiva estratégica".
A ISS acredita também que os novos termos do acordo entre PT e Oi "não parecem injustos para a companhia e seus accionistas". Além disso, o prejuízo que um chumbo acarreteria, acrescenta a ISS, é superior aos benefícios da aprovação.
Ainda assim, a associação lembra que os termos do acordo tiveram de ser alterados por "má utilização por parte da gestão de fundos da companhia". Aliás, à ISS foi garantido que os novos termos da fusão foram negociados por administradores da operadora, cujos nomes não foram revelados. No entanto, "representantes da companhia informaram a ISS que nenhum dos executivos que estiveram envolvidos no investimento da Rioforte estiveram nas negociações da fusão". No entanto, mais à frente na análise a ISS refere que há executivos que estiveram em ambas as situações.
Na altura, a PT informou que Luís Pacheco de Melo, administrador financeiro da PT, se tinha demitido das suas funções nas participadas nomeadamente na PT Portugal para se focar no processo de fusão.
A ISS conclui a sua análise reiterando que "a desvantagem de rejeitar a proposta, incluindo a possibilidade da Oi litigar contra a PT e reverter a combinação de negócios, pesa mais do que qualquer potencial vantagem". Por outro lado, "a combinação de negócios continua a fazer sentido para a companhia e para os seus accionistas, e os novos termos resultantes, que foram negociados por executivos da PT que estiveram envolvidos nos investimentos da Rioforte, parece justo dada a situação excepcional que resultou da má utilização de fundos pela gestão da PT".