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Associação de aconselhamento a accionistas recomenda voto a favor na assembleia da PT

A ISS (Institutional Shareholder Services), uma associação de aconselhamento e apoio aos accionistas, recomenda o voto a favor na assembleia-geral da Portugal Telecom de 8 de Setembro.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Agosto de 2014 às 09:37
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A ISS (Institutional Shareholder Services), associação de aconselhamento aos accionistas, deu já a sua recomendação para a assembleia-geral de 8 de Setembro da Portugal Telecom. A ISS recomenda aos accionistas da operadora que votem favoravelmente o único ponto da ordem de trabalhos, para que a fusão com a Oi possa prosseguir.

 

Na recomendação, a que o Negócios teve acesso, a ISS explica que um voto a favor permitirá "à companhia continuar com a combinação de negócios [com a Oi], que faz sentido numa perspectiva estratégica". 

 

A ISS acredita também que os novos termos do acordo entre PT e Oi "não parecem injustos para a companhia e seus accionistas". Além disso, o prejuízo que um chumbo acarreteria, acrescenta a ISS, é superior aos benefícios da aprovação.

 

Ainda assim, a associação lembra que os termos do acordo tiveram de ser alterados por "má utilização por parte da gestão de fundos da companhia". Aliás, à ISS foi garantido que os novos termos da fusão foram negociados por administradores da operadora, cujos nomes não foram revelados. No entanto, "representantes da companhia informaram a ISS que nenhum dos executivos que estiveram envolvidos no investimento da Rioforte estiveram nas negociações da fusão". No entanto, mais à frente na análise a ISS refere que há executivos que estiveram em ambas as situações.

 

Na altura, a PT informou que Luís Pacheco de Melo, administrador financeiro da PT, se tinha demitido das suas funções nas participadas nomeadamente na PT Portugal para se focar no processo de fusão.

 

A ISS conclui a sua análise reiterando que "a desvantagem de rejeitar a proposta, incluindo a possibilidade da Oi litigar contra a PT e reverter a combinação de negócios, pesa mais do que qualquer potencial vantagem". Por outro lado, "a combinação de negócios continua a fazer sentido para a companhia e para os seus accionistas, e os novos termos resultantes, que foram negociados por executivos da PT que estiveram envolvidos nos investimentos da Rioforte, parece justo dada a situação excepcional que resultou da má utilização de fundos pela gestão da PT". 

 
O que vai discutir a assembleia-geral da PT?
A assembleia-geral da Portugal Telecom agendada para 8 de Setembro tem um ponto único na ordem de trabalhos. O conselho de administração propõe aos seus accionistas que aprovem os novos termos da fusão com a Oi, que passa pela transferência para a PT SGPS dos títulos de dívida da Rioforte, no montante de 897 milhões de euros e que estão em risco de não ser pagos pela empresa do Grupo Espírito Santo. A PT SGPS continuará, se assim for autorizada, cotada, mas será uma empresa com títulos de dívida da Rioforte e com uma opção de compra de acções da nova Oi, que poderá exercer em seis anos. Os accionistas da PT ficarão, no âmbito deste acordo, com uma posição menor na nova Oi, passando de 37,4% para 25,6%. 
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