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Glass Lewis recomenda voto a favor dos novos termos da fusão com a Oi

Associação de aconselhamento a accionistas recomenda voto a favor dos novos termos da fusão com a PT. Esta é a segunda recomendação a favor no espaço de poucos dias, depois da ISS (Institutional Shareholders Service) ter dado luz verde no dia 19 de Agosto.

Pedro Elias/Negócios
22 de Agosto de 2014 às 11:46
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Os accionistas da Portugal Telecom devem aprovar o único ponto da ordem dos trabalhos na assembleia-geral de accionistas. Esta é a recomendação feita pela Glass Lewis, uma associação de aconselhamento e apoio a accionistas.

 

A assembleia-geral da Portugal Telecom vai ter lugar no próximo dia 8 de Setembro, com um único ponto na agenda. O conselho de administração da empresa propõe aos seus accionistas que aprovem os novos termos da fusão da PT com a Oi.

 

Isto quer dizer que a dívida comprada pela Portugal Telecom à Rioforte no valor de 897 milhões de euros, que está actualmente na Oi, deverá regressar a Portugal e passar para a PT SGPS. Com este acordo, os accionistas da PT vão ficar com uma posição menor na nova Oi, passando de 37,4% para 25,6%. 

 

Esta é a segunda recomendação a favor da aprovação dos novos termos no espaço de poucos dias, depois da ISS (Institutional Shareholders Service) ter dado luz verde no dia 19 de Agosto.

 

"Acreditamos que os accionistas devem apoiar esta proposta", pode-se ler no documento da Glass Lewis a que o Negócios teve acesso esta sexta-feira, 22 de Agosto.

  

Para a Glass Lewis o veredicto é claro: "Tendo em conta estes factores e o apoio unânime da administração, acreditamos que os investidores devem apoiar esta proposta".

 

A associação também deixa críticas à gestão de Henrique Granadeiro na operação de compra de dívida da Rioforte do Grupo Espírito Santo, que está em risco de não ser reembolsada.

 

Esta operação foi efectuada pelo presidente executivo demissionário "sem procurar a aprovação da administração ou accionar quaisquer controlos internos que podiam ter convidado a um maior escrutínio da transacção em questão", analisa a Glass Lewis.

 

A solução encontrada para a dívida da Rioforte, com a PT a assumir a dívida da Rioforte que estava com a Oi, também é abordada pela Glass Lewis.

 

"A proposta que desvia da dívida má da Oi e da CorpCo (nova empresa que vai nascer da fusão) resolve um assunto que poderia acabar com a fusão e preserva a oportunidade para os investidores da PT obterem uma clara e directa propriedade da CorpCo".

 

A associação acredita que a solução encontrada para o problema da Rioforte foi a ideal e que "as alternativas, neste momento, são decididamente menos atractivas".

 

Os riscos de não resolver a questão da dívida da Rioforte também são explicados. Primeiro havia o risco do fim da "combinação Oi/PT". Depois os regulados poderiam intervir, seguido de litigação com a Oi nos tribunais. Por último, a PT e os seus investidores corriam o risco de ficarem com a dívida da Rioforte nas suas mãos.

 

Tudo somado, a Glass Lewis recomenda aos accionistas "para votar a favor" dos novos termos de acordo para que a fusão com a Oi possa prosseguir.

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