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Uso indevido de dados do Facebook abarcou 87 milhões de utilizadores

Afinal foram 87 milhões e não 50 milhões os utilizadores que viram os seus dados guardados na rede social Facebook serem usados indevidamente pela empresa de consultoria política Cambridge Analytica.


Os gigantes tecnológicos dos EUA (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) foram responsáveis por uma subida do Nasdaq até 29% em 2017, até ao momento, e o retorno dos FAANG cifrou-se em mais de 50%, em termos médios. Na nossa opinião, não se trata de uma mera recorrência da bolha dot-com verificada no final da década de 1990. Ao contrário dessa experiência — durante a qual os analistas imaginaram novas formas de valorizar empresas que não passavam de ideias — as empresas que lideram actualmente o sector são reais e apresentam fluxos de caixa tangíveis. Estamos em crer que a inovação tecnológica é um tema estrutural que poderá acrescentar 1% -1,5% ao crescimento potencial do PIB mundial nos próximos 10-15 anos.
Reuters
04 de Abril de 2018 às 20:17
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A empresa que gere o Facebook, co-fundada e presidida por Mark Zuckerberg, veio hoje dizer que a empresa de consultoria política Cambridge Analytica poderá ter feito um uso impróprio dos dados de 87 milhões de utilizadores da rede social – a maioria dos quais a viver nos EUA, refere a Bloomberg citando a tecnológica californiana.

 

Esta informação eleva assim o número inicialmente avançado de que seria de 50 milhões o número de utilizadores cujos dados terão sido analisados pela consultora britânica sem o consentimento dos mesmos.

Recorde-se que Zuckerberg tem estado debaixo de fogo – e no próximo dia 11 estará perante o Congresso norte-americano para se pronunciar sobre a questão da protecção de dados – depois de ter sido avançado que houve uma possível violação da privacidade dos utilizadores da rede social, já que a consultora britânica Cambridge Analytica terá feito um uso indevido desses dados [através de uma aplicação pela qual descarregavam informação].

As acções do Facebook têm estado a sofrer com esta crise reputacional e têm pressionado fortemente todo o sector tecnológico nas bolsas.

 

A Cambridge Analytica esteve ligada à campanha presidencial de Donald Trump e terá ajudado a personalizar propaganda em função do perfil dos utilizadores. Mais recentemente, foi também associada à campanha pelo Brexit no Reino Unido – de Junho de 2016.



(notícia actualizada às 20:34)

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