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Zuckerberg: “Foi um erro meu e peço desculpa”

O líder do Facebook, Mark Zuckerberg, vai admitir que os escândalos da rede social estiveram relacionados com "um grande erro", que foi o de "não ter uma visão global da responsabilidade" que estava confiada à rede social. Assumirá que foi um erro seu e pedirá desculpa.

EPA
10 de Abril de 2018 às 12:57
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Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, vai ser ouvido esta terça-feira, 10 de Abril, no Senado e quarta-feira na Câmara dos Representantes, no âmbito do escândalo da falha na protecção de dados dos utilizadores da rede social.

O líder da rede social vai admitir os erros, pedir desculpa e assumir que não teve visão da sua responsabilidade. E vai garantir que, "enquanto liderar" a rede social a sua prioridade será ajudar a ligar pessoas, de acordo com o documento publicado no site da Câmara dos Representantes e que tem o esboço do seu discurso.

"Agora está claro que não fizemos o suficiente" para evitar que houvesse um mau uso de ferramentas associadas a esta rede social. E isto serve para "notícias falsas, interferência estrangeira em eleições, discursos de ódio, bem como para programadores e dados de privacidade", salientará o líder da rede social.

 

"Não tivemos uma visão global da nossa responsabilidade e esse foi um grande erro. Foi erro meu, e peço desculpa. Eu comecei o Facebook, geri-o, e sou responsável pelo que acontece", dirá.

"No topo das minhas prioridades esteve sempre a nossa missão social de ligar pessoas, construindo comunidades" e ajudando o mundo a diminuir distâncias. "Publicitários e programadores não terão prioridade sobre isto enquanto eu liderar o Facebook", garantirá perante os legisladores.

 

"Actualmente servimos mais de dois mil milhões de pessoas no mundo e, todos os dias, pessoas usam os nossos serviços para se manterem ligadas às pessoas que são mais importantes para si. Acredito profundamente no que estamos a fazer."

O testemunho do líder da rede social americano acontece no meio da pior crise de privacidade na história do Facebook. Zuckerberg pretende explicar perante os legisladores americanos como a plataforma contribui para o mundo, assumindo que não teve a noção total das consequências da tecnologia da empresa, de acordo com a Bloomberg.  

As audiências vão ocorrer depois de o Facebook ter feito alguns melhoramentos na privacidade de dados dos seus utilizadores, após a polémica da Cambridge Analytica, em que a informação de mais de 87 milhões de contas de utilizadores foi acedida sem consentimento dos mesmos. Em Portugal, pode haver 63 mil contas acedidas sem consentimento.

"Dei indicações para que as nossas equipas investissem muito na segurança – além de outros investimentos que estamos a fazer - o que vai ter um significativo impacto na nossa rentabilidade", afirmará Mark Zuckerberg. "Mas quero ser claro quanto à nossa prioridade: proteger a nossa comunidade é mais importante que maximizar os lucros".

O líder da rede social encontrou-se segunda-feira, 9 de Abril, com legisladores americanos no Capitólio, em Washington D.C, com o intuito de dar a conhecer as novas medidas para melhorar a privacidade na plataforma social e, ao mesmo tempo, se preparar para o discurso frente ao Congresso americano. Na reunião estavam presentes o senador da Florida, Bill Nelson e o senador do estado de Iowa, Chuck Grassley, segundo a Bloomberg.


Apesar dos compromissos assumidos por Zuckerberg na melhoria das ferramentas de privacidade, o senador  Bill Nelson afirmou que é preciso fazer mais. "Se não tivermos cuidado com as redes sociais e plataformas como o Facebook e os erros que eles cometeram no passado, então a América não vai ter privacidade nenhuma", afirmou. 

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