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Mark Zuckerberg: “Ainda sou o homem certo para liderar o Facebook”
Apesar das polémicas que têm afectado o Facebook, o CEO da rede social, Mark Zuckerberg, acredita que ainda é o homem certo para liderar a empresa.
Os últimos tempos não têm sido fáceis para o Facebook, que se tem visto envolvido em polémicas relacionadas com a fuga de informação pessoal dos utilizadores da rede social. Apesar disso, o CEO Mark Zuckerberg, acredita que ainda é o líder de que a empresa precisa. "Ainda sou o homem certo para liderar o Facebook", afirmou na quarta-feira numa teleconferência, citada na BBC News.
"Quando se constrói algo como o Facebook, que não tem precedentes no mundo, há coisas que vão sair erradas", referiu Zuckerberg, acrescentando que "o que as pessoas deviam ver é se estamos a aprender com os nossos erros".
Além de assumir a posição de CEO do Facebook, Zuckerberg é também o chairman. Questionado sobre se a sua posição estaria a ser discutida, Zuckerberg respondeu: "Não que eu saiba!".
Os últimos escândalos sobre a recolha indevida de informações pessoais dos utilizadores da plataforma social pela Cambridge Analytica, assim como outra polémica relacionada com a propaganda de notícias falsas levaram a que algumas pessoas começassem a questionar a liderança de Mark Zuckerberg, de acordo com a BBC News.
Um dos apoiantes da saída do CEO da rede social é Scott Stringer, responsável pela gestão dos fundos de pensões de Nova Iorque, que têm um investimento de mil milhões de dólares em acções do Facebook. O gestor do fundo pediu ao conselho de administração do Facebook para nomear um presidente independente para substituir Mark Zuckerberg, assim como três novos directores com experiência em dados e ética, para ajudar a empresa a lidar com questões de privacidade.
As declarações do CEO do Facebook surgem depois de a rede social ter admitido que a empresa de consultoria política Cambridge Analytica poderá ter feito um uso impróprio dos dados de 87 milhões de utilizadores da rede social – a maioria dos quais a viver nos EUA, refere a Bloomberg citando a tecnológica californiana.
Esta informação eleva assim o número inicialmente avançado de que seriam 50 milhões de contas afectadas cujos dados terão sido analisados pela consultora britânica sem o consentimento dos mesmos.
Já no próximo dia 11 Mark Zuckerberg vai estar perante o Congresso norte-americano para se pronunciar sobre a questão da protecção de dados no Facebook. Segundo a BBC News, esta teleconferência com a imprensa pode ter sido um "ensaio geral ideal" para a sessão no Congresso americano.