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Investidor com mil milhões de dólares em acções do Facebook defende saída de Zuckerberg

A pressão sobre Mark Zuckerberg está a aumentar. O responsável pela gestão dos fundos de pensões de Nova Iorque, que têm um investimento de mil milhões de dólares em acções do Facebook, defende a saída do fundador da empresa da presidência da rede social.

5.º Facebook – 495,6 mil milhões de dólares
Reuters
03 de Abril de 2018 às 15:33
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Os fundos de pensões de Nova Iorque são accionistas do Facebook, com uma participação de mil milhões de dólares em acções. O gestor dos fundos, Scott Stringer, defende que Mark Zuckerberg deve renunciar do cargo de CEO, segundo o Business Insider.

O gestor dos fundos de pensões de Nova Iorque pediu ao conselho de administração do Facebook uma revisão da liderança da rede social, depois da polémica em torno do facto de a empresa Cambridge Analytica ter sido capaz de aceder a informação pessoal de mais de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem a permissão dos mesmos, e essa informação ter eventualmente ajudado a campanha presidencial de Donald Trump, em 2016.

O gestor do fundo, pediu ao conselho de administração do Facebook para nomear um presidente independente para substituir Mark Zuckerberg, assim como três novos directores com experiência em dados e ética, para ajudar a empresa a lidar com questões de privacidade. 

"É a oitava maior empresa do mundo. Tem dois mil milhões de utilizadores. Estão em águas inexploradas e não se comportaram de forma a que as pessoas se sintam bem com o Facebook e seguras com os seus próprios dados na rede social", afirmou Stringer, que acrescenta que esta polémica de fuga de dados dos utilizadores mostrou que existe um "risco para a nossa democracia".

Como "chairman" e CEO do Facebook Mark Zuckerberg tem um grande poder de controlo da rede social. Além disso é dono de um grande número de acções, o que deixa os outros accionistas sem grande margem para influenciarem os destinos da empresa.

Apesar deste apelo, é improvável que o presidente da rede social se demita do cargo. Mas o escândalo da Cambridge Analytica será uma boa oportunidade para os investidores solicitarem mudanças, de acordo com Business Insider.

"Uma das coisas com a qual me sinto muito sortudo é termos esta estrutura na empresa que, no final do dia, é uma empresa controlada. Não nos deixamos levar por caprichos de accionistas de curto prazo. Podemos desenhar estes produtos e tomar decisões com o que será do melhor interesse para a comunidade ao longo do tempo", afirmou Zuckerberg, numa entrevista esta segunda-feira, 2 de Abril, citada pelo Business Insider.

O escândalo relacionado com a Cambridge Analytica tem provocado quedas acentuadas ao Facebook em bolsa, tendo provocado uma queda no valor de mercado na ordem dos 85 mil milhões de dólares. Esta terça-feira, as bolsas dos EUA regressaram aos ganhos, mas o Facebook não acompanha a tendência, recuando 1,98% para 152,312 dólares.

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