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Mark Zuckerberg responde a críticas de Tim Cook
O fundador do Facebook considera "extremamente simplista" e "nada alinhados com a verdade" os comentários do líder da Apple, Tim Cook, sobre a falha de dados na rede social. E sobre o facto de ser apoiada por publicidade tem como objectivo "não servir só pessoas ricas", contrapôs.
Mark Zuckerberg já reagiu aos comentários de Tim Cook. O fundador do Facebook considerou "extremamente simplista" e "nada alinhados com a verdade" os comentários do líder da Apple. Isto depois de Tim Cook sugerir que a rede social não se importa com os utilizadores e lançando críticas ao modelo de negócio do Facebook baseado em anúncios, segundo o Financial Times.
O fundador do Facebook defende o modelo de negócios baseado em publicidade utilizado pela rede social e responde que "ter um modelo sustentado por publicidade é o único modelo racional que pode suportar a construção deste serviço para alcançar as pessoas" e continua, acrescentando que, "se querem construir um serviço que não serve só pessoas ricas, então é preciso ter algo que as pessoas possam pagar".
Mark Zuckerberg também salientou "a grande responsabilidade" do Facebook em "ajudar a suportar um jornalismo de qualidade" apontando ainda para a importância das subscrições como a chave para as receitas das novas organizações.
Depois da polémica da Cambridge Analytica, em que a informação pessoal de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook foi usada de forma indevida e sem a permissão dos mesmos, o líder da Apple criticou Mark Zuckerberg relativamente aos últimos escândalos que tem envolvido a rede social mais utilizada do mundo, defendendo inclusivamente que para este caso a auto-regulação empresarial já não é suficiente.
As polémicas a envolver o Facebook têm gerado contestação por parte dos órgãos reguladores tanto europeus como americanos, que estão já a estudar formas de impor restrições às redes sociais. Nesse sentido, Julian King, comissário europeu para a segurança, citado no Financial Times, exige a criação de um "plano de jogo claro" em relação às redes sociais principalmente em períodos eleitorais sensíveis, a começar pelas eleições europeias do Parlamento Europeu marcadas para Maio de 2019.
Numa carta de Julian King para a comissária europeia da economia digital, Mariya Gabriel, o responsável sugere "mais transparência nos algoritmos que as empresas de tecnologia usam para promover notícias, bem como limites na colheita de informações pessoais para fins políticos", citado no Financial Times.