"Todos os grupos políticos insistem na necessidade absoluta da sua presença pessoal, como foi o caso no Congresso dos EUA", escreveu Tajani em mensagem dirigida a Zuckerberg, a que a agência AFP teve acesso.

Tajani já tinha convidado o dirigente da Facebook a exprimir-se perante os representantes dos 500 milhões de europeus.

O convite foi feito a 20 de Março, depois de se conhecer o escândalo Cambridge Analytica, a consultora política britânica que explorou para seu proveito os dados pessoais de milhões de utilizadores do Facebook.

Mas Zuckerberg, que testemunhou durante 10 horas perante os congressistas norte-americanos na semana passada, propôs que fosse o seu responsável pela estratégia de comunicação empresarial e internacional, Joel Kaplan, a reunir-se com os deputados europeus.

Há duas semanas, a empresa que gere a rede social co-fundada e presidida por Zuckerberg veio dizer que a Cambridge Analytica poderá ter feito um uso impróprio dos dados de 87 milhões de utilizadores da rede social – a maioria dos quais a viver nos EUA, refere a Bloomberg citando a tecnológica californiana.

Esta informação elevaou assim o número inicialmente avançado de que seria de 50 milhões o número de utilizadores cujos dados terão sido indevidamente acedidos pela consultora britânica.