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Zuckerberg admite que a sua conta do Facebook foi uma das que foi alvo de acesso indevido
Durante a sua audição na Câmara dos Representantes, Mark Zuckerberg admitiu que a sua conta foi uma das afectadas pelo acesso ilícito por parte da empresa de consultoria política Cambridge Analytica.
Na segunda ronda de testemunhos junto aos congressistas americanos, hoje na Câmara dos Representantes [depois de ontem ter estado no Senado], Mark Zuckerberg admite que a sua conta pessoal está entre os 87 milhões de perfis do Facebook cujos dados foram utilizados de forma indevida e sem consentimento pela Cambridge Analytica.
Depois de a congressista democrata da Califórnia, Anna Eshoo, questionar o CEO do Facebook sobre se os seus dados tinham sido vendidos a terceiros de forma abusiva, Mark Zuckerberg respondeu que "sim".
Was your personal data sold to “malicious third parties”?
— CNN Breaking News (@cnnbrk) 11 de abril de 2018
Facebook CEO Mark Zuckerberg: “Yes.”https://t.co/6QFCHRrY0M pic.twitter.com/HCxdCuvRqD
O líder da rede social mais utilizada do mundo admitiu ainda, durante o testemunho aos congressistas, que com o crescimento da internet é "inevitável que exista alguma regulação". Zuckerberg foi confrontado com várias questões e preocupações dos membros do Congresso sobre as medidas que vai tomar em relação ao controlo da informação pessoal dos utilizadores da rede social.
"Como é que os utilizadores podem controlar os seus dados quando o Facebook não tem controlo sobre eles?", perguntou o congressista de New Jersey, Frank Newton.
O líder do Facebook defendeu as práticas da privacidade da empresa, alegando que cada utilizador tem controlo e decide quais as informações pessoais que são partilhadas na rede.
Já esta terça-feira, Zuckerberg esteve no Senado dos Estados Unidos para falar sobre os dados de 87 milhões de utilizadores do Facebook indevidamente utilizados para fins políticos. No mesmo dia, a rede social revelou que vai lançar um programa que visa precisamente combater casos de utilização ilícita de dados pessoais.
O Facebook tem estado sob fogo no último mês, depois de milhões de informações pessoais dos utilizadores da rede social foram acedidas pela Cambridge Analytica, uma consultoria política.