Notícia
Bruxelas questiona Facebook e Google sobre privacidade
O comissário europeu para o Mercado Único Digital vai a São Francisco para discutir as políticas de privacidade e protecção de dados de duas gigantes tecnológicas: Facebook e Google. Os respectivos CEO respondem às questões de Bruxelas.
Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, já enfrentou o Senado americano e a Câmara dos Representantes, onde procurou explicar as recentes falhas detectadas ao nível da protecção de dados na plataforma que fundou. Agora é a vez de Bruxelas se reunir com o CEO da rede social, que vai ser ouvido esta terça-feira acerca do mesmo tema, juntamente com Sundar Pichai, CEO da Google.
O vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela pasta do Mercado Único Digital, Andrus Ansip, irá presidir à reunião, que terá lugar em São Francisco. O CEO do Facebook não é o primeiro representante da empresa a prestar esclarecimentos a Bruxelas: na última semana, já a chefe de operações da rede social, Sheryl Sandberg, se apresentou para aquela que foi considerada uma "discussão aberta e construtiva", avança a Reuters.
Além desta reunião, Zuckerberg foi convidado a comparecer diante do Parlamento Europeu para elucidar acerca da utilização que pode ter sido dada aos dados dos cidadãos do bloco.
O CEO do Facebook esteve na passada terça-feira a prestar esclarecimentos semelhantes no Senado americano e, no dia seguinte, na Câmara dos Representantes. Na reunião com o Senado, comprometeu-se a colaborar na criação de regulação que faça face a este problema. Já em frente à Câmara dos Representantes admitiu que a sua conta foi uma das afectadas pelo acesso ilícito por parte da consultora política britânica Cambridge Analytica.
O Facebook admitiu que os dados de milhões de utilizadores foram expostos à Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria que, entre os trabalhos mais sonantes, conta a campanha eleitoral de Trump para as presidenciais de 2016. Esta polémica acontece numa altura em que se aproxima a entrada em vigor da nova lei de protecção de dados, que, a partir de 25 de Maio, deverá homogeneizar políticas neste âmbito.