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Sharp poderá receber ajudas de 2,8 mil milhões de euros

O fundo público-privado japonês INCJ será o grande financiador de mais um plano de recuperação da fabricante, cuja divulgação estará para breve. Negócio dos LCD pode ser vendido ou autonomizado. A Foxconn também está na corrida.

Bloomberg
12 de Janeiro de 2016 às 16:31
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A Sharp poderá estar prestes a fechar negociações para pôr em marcha um plano de reestruturação no valor de três mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), dos quais 1,7 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) poderão vir do Innovation Network Corporation of Japan (INCJ), um fundo público-privado, apoiado pelo Estado japonês e criado para estimular a inovação no Japão.

O processo, liderado pelo INCJ, pode estar concluído esta semana, noticia a Reuters, citando fontes próximas do processo, não identificadas. No total, este fundo deverá entrar com 200 mil milhões ienes (1,5 mil milhões de euros) para ajudar a fabricante de electrónica a recuperar, tal como já tinha avançado a imprensa local no início desta semana.

Assumindo uma posição maioritária na Sharp, o objectivo será autonomizar a divisão de negócio dedicada aos LCD, responsável pelos painéis de cristais líquidos em smartphones e tablets, e fundi-la com mesma área da Japan Display, fabricante também controlada pelo fundo. O INCJ não quis comentar.

De acordo com as mesmas fontes, a empresa de Osaka estará também a pedir crédito adicional aos seus principais financiadores: o Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ e Mizuho Bank. Em causa, um empréstimo de 150 mil milhões de ienes (1,2 mil milhões de euros), que poderá ser convertido em acções preferenciais.

Esta terça-feira, 12 de Janeiro, num breve comunicado, a Sharp sublinha apenas que as informações veiculadas pela imprensa japonesa não derivaram de nenhum anúncio oficial. "Mantemo-nos em negociações com várias companhias com vista a fazer reformas estruturais no negócio de LCD, contudo, ainda nada está decidido", assegura.

Em cima da mesa estará ainda a possibilidade de vender o negócio de LCD. A Reuters dá conta de uma proposta da taiwanesa Hon Hai Precision Industry (ou Foxconn). E indica que poderá haver fundos norte-americanos na corrida, quer para ficar com o grupo todo, quer para ficar apenas com este negócio.

Em Maio, a fabricante já tinha recebido ajudas de 1,7 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros), mas continua sem dar sinais de vitalidade por não conseguir combater a concorrência de outros gigantes asiáticos, como a sul-coreana Samsung.

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