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Talkdesk: "Call Center" português com ADN internacional

A Talkdesk nasceu há mais de quatro anos com uma solução tecnológica inovadora. A vertente internacional faz parte do ADN da empresa, que conta com utilizadores em mais de 50 países.

12 de Janeiro de 2016 às 09:54
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A "Talkdesk nasceu em Portugal mas já nasceu internacional". Foi há mais de quatro anos que Cristina Fonseca e Tiago Paiva lançaram a Talkdesk, uma start-up que disponibiliza um software de "call center" na nuvem.

Tudo começou com um concurso nos Estados Unidos da América (EUA) ao qual se candidataram. Venceram a competição e receberam convites para integrar dois programas de aceleração. Obtiveram um investimento de 50 mil dólares (46 mil euros) 'pre-seed' [pré-arranque] para começar e foram para um programa de aceleração durante quatro meses em solo norte-americano.

Cristina Fonseca, co-fundadora, conta ao Negócios que a empresa nasceu em Portugal mas com uma forte vertente internacional. A "Talkdesk já nasceu internacional. Quando fomos convidados para ir para os EUA e explorar o negócio, colocámos a Talkdesk desde o dia 1 a um nível internacional. Sabíamos que era a única forma de conseguirmos criar um negócio global", diz.

Desde então, a empresa tem vindo a crescer, e conta com utilizadores em mais de 50 países, "mas o nosso foco de negócio até aqui foram sobretudo os EUA". Para este ano, ampliar o leque de mercados é um dos objectivos, sendo a Europa um dos principais destinos. Cristina Fonseca assume que este ano a empresa vai introduzir mais inovação no software.

"Somos neste momento uma solução de voz mas queremos evoluir para uma plataforma de comunicação em tempo real e, por isso, vamos adicionar funcionalidades como o vídeo ou SMS, entre outras", diz.

A Talkdesk registou um crescimento significativo durante o ano passado, quer em volume de negócios quer em termos equipa. Por isso, a start-up antecipa que um dos desafios deste ano é também "continuar a sermos ágeis, inovadores e competitivos mas com uma máquina bastante maior".

O trabalho desenvolvido pela empresa tem dado cartas ao nível internacional e levou mesmo a que os seus fundadores integrassem a lista dos "30 under 30" gestores em foco, na categoria de tecnologia empresarial, da revista Forbes.

Sair de Portugal está fora de questão
Apesar de a sede da empresa estar em São Francisco (EUA), sair de Portugal, onde a empresa tem escritório, é uma questão que não se coloca para a Talkdesk.

"Sair de Portugal não é uma possibilidade. Portugal tem imenso talento e muito potencial humano que pode ser capitalizado em projectos deste género. As pessoas que fazem parte da Talkdesk hoje em dia estão expostas a um tipo de desafio que não existia em Portugal anteriormente. Escalar uma empresa tecnológica ao nível que estamos a fazer cria muito valor para o país, da mesma forma que é uma mais-valia para a empresa", garante Cristina Fonseca.


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Perguntas a Cristina Fonseca
Co-fundadora Talkdesk

"Este será mais um ano de transformação"

Cristina Fonseca é co-fundadora da Talkdesk, uma start-up que tem um software de "call center" na nuvem.

Porque é que a internacionalização foi desde o início uma prioridade?
O [software] Talkdesk nasceu em Portugal mas já nasceu internacional. Quando fomos convidados para ir para os Estados Unidos e explorar o negócio, colocámos o Talkdesk desde o dia 1 a um nível internacional. Sabíamos que era a única forma de conseguirmos criar um negócio global.

Em quantos países estão?
Temos utilizadores em mais de 50 países mas o nosso foco de negócio até aqui foram, sobretudo, os EUA.

Qual foi o crescimento registado em 2015 e quais as perspectivas para 2016?
Em 2015, o nosso crescimento foi de cerca de 10 vezes em termos de equipa e volume de negócio. Vamos com certeza continuar o ritmo de crescimento agressivo em 2016.

Quais são os principais desafios para este ano?
Este será mais um ano de transformação. A Talkdesk cresceu de uma empresa de 15 pessoas para 150 em 2015 e temos agora o desafio de continuar a ser ágeis, inovadores e competitivos mas com uma máquina bastante maior. Vai ser mais um ano marcado pelo crescimento e os desafios que daí advêm.

Em 2015, a Talkdesk fechou, pelo menos, duas rondas de financiamento. Uma delas no valor de 15 milhões de dólares. Estão à procura de financiamento?
Neste momento, temos outras prioridades e estamos focados em crescer o negócio e as equipas. Voltaremos com certeza ao tema do investimento mais tarde este ano.


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Notas rápidas
Start-up com veia internacional

Start-up com sangue português
A Talkdesk tem utilizadores em mais de 50 países. Em 2015, levantou uma ronda de investimento de cerca de 15 milhões de dólares, uma das rondas mais elevadas angariadas por uma start-up portuguesa.

Crescer é a ambição
A equipa da Talkdesk foi crescendo e conta actualmente com mais de uma centena de pessoas. Um dos desafios da start-up nacional para este ano é continuar a crescer, nomeadamente em termos inovação.

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