.   Categoria Exportação - Grandes Empresas - Bens Transacionáveis  

Vencedor: BA Glass Portugal
Embalagens de vidro pelo mundo

A BA Glass Portugal é uma das líderes mundiais na fabricação de embalagens de vidro para as indústrias alimentar e de bebidas. Com fábricas em Portugal, Espanha, Polónia, Alemanha, Bulgária, Roménia, México e Reino Unido, a empresa exporta para mais de 60 mercados.

"Estamos num processo muito avançado de automação e sensorização dos processos", afirmou Nuno Vieira, head of Sustainability da BA Glass. O compromisso com a sustentabilidade é uma prioridade antiga, mas, "nos últimos anos, temos dado especial atenção ao processo de descarbonização e à transição para o objetivo net zero", acrescentou.

Nos últimos dois anos, a BA Glass foi distinguida com o rating A pelo CDP (Carbon Disclosure Project), entidade que monitoriza a evolução das empresas na área da sustentabilidade. Com 112 anos de história, a empresa registou, em 2023, um volume de negócios de 1,5 mil milhões de euros, exportando 70% da sua produção. O grupo emprega cerca de 5 mil pessoas. 

Menção Honrosa: Petratex-Confecções
Têxteis de alta performance
A empresa define-se como um centro de desenvolvimento de produtos têxteis, cuja produção é realizada através de subcontratação. "São os nossos parceiros de negócios que nos apoiam significativamente nesta área", afirmou Sérgio Neto, CEO da Petratex-Confecções.

As áreas de negócio da empresa incluem a alta performance, a chamada coleção sport, e a moda, destacando-se o crescimento significativo na alta costura. "Temos crescido muito em alta costura", sublinhou Sérgio Neto.

Os objetivos da Petratex passam por continuar a ser uma oportunidade de crescimento para o seu capital humano – "a nossa maior mais-valia" – e por manter o estatuto de referência no desenvolvimento de produtos têxteis e na área da sustentabilidade, concluiu o CEO.

Fundada há 35 anos, a empresa registou um volume de negócios de 62,2 milhões de euros em 2023, exportando 98,6% da sua produção para 45 países, incluindo a China e os Estados Unidos, onde possui um escritório de representação. O número médio de colaboradores no mesmo ano foi de 462.

.   Categoria Exportação - PME Bens Transacionáveis  

Vencedor: Toul-Sociedade Portuguesa de Desidratação
O pó de tomate das papas

A Toul foi fundada em dezembro de 1965 e dedica-se à desidratação de frutos e produtos hortícolas, com destaque para o pó de tomate. A empresa é fornecedora de grandes grupos transformadores, responsáveis por produtos como papas para crianças, incluindo a Cérelac da Nestlé.

"A laboração fabril decorre 24 horas por dia, com três turnos em funcionamento e uma equipa dedicada à embalagem", explica José Neves da Silva, CEO da Toul.

A empresa registou um volume de negócios de 18,3 milhões de euros, sendo que as exportações representam 96,8% desse valor. Os principais mercados de destino incluem Espanha, França, Holanda, Itália, Austrália e Japão. A Toul emprega atualmente 37 colaboradores.

Menção Honrosa: Cerisol
Cerâmica elétrica

A empresa centra-se na produção de isoladores cerâmicos para barramentos utilizados nas infraestruturas de suporte das subestações de transformação de energia em alta, média e baixa tensão. Também se dedica à produção de isoladores de catenárias para caminhos de ferro, essenciais para a eletrificação ferroviária.

"Quando esta administração assumiu funções, o mercado nacional representava 65% da margem bruta gerada pelos negócios. Atualmente, mais de 97% do negócio é realizado através da exportação, o que representa uma evolução notável desde o início da atividade da empresa", afirmou Manuel Lopes Alves, presidente da Cerisol.

Fundada há 22 anos, a Cerisol registou um volume de negócios de 20,2 milhões de euros em 2023, exportando 97,9% da sua produção para 26 países. No mesmo ano, a empresa contou com uma média de 183 colaboradores.

.   Categoria Exportação - PME Serviços  

Vencedor: AppGeneration Software Technologies
Smart jogos globais 

Foi criada em 2010, no início da revolução dos smartphones, com o propósito de desenvolver aplicações. "Há cerca de dez anos desenvolvemos uma aplicação chamada my Tuner, que permite ouvir rádio em todo o mundo, que, devagarinho, foi ganhando tração. Hoje é uma das maiores a nível mundial e que nos fez ficar mais ambiciosos", disse Eduardo Carqueja, diretor-geral da AppGeneration. A empresa tem crescido a uma média de 30% ao ano, e "estamos num mercado mundial, onde os nossos concorrentes têm uma grande dimensão", adverte Eduardo Carqueja. Três jogos estão no top-5 mundial da sua categoria, e, "a ambição, é, dentro de dois a três anos, chegar à liderança, concluiu Eduardo Carqueja. Foi constituída há 14 anos, tem um volume de negócios de 19,8 milhões de euros, exporta 99,9% para 120 países e tem 27 colaboradores.

.   Categoria Exportação - PME Serviços  

Vencedor: SISCOG- Sistemas Cognitivos
Os primeiros exportadores de software português

Esta empresa iniciou os seus negócios há 38 anos no desenvolvimento de produtos de apoio à decisão, planeamento e gestão de recursos na área dos transportes, que hoje estão espalhados pela Europa e Canadá, onde têm uma operação. Atualmente, estão também na agricultura com sistemas baseados em IA que fazem a deteção de doenças, calculam a quantidade de água e nutrientes, fazem previsões da produção agrícola em termos do número de frutos e do calibre e fazem estimativas para o início das colheitas. "A exportação é vital para a SISCOG, porque sem ela há muito tempo que não existíamos. Para este tipo de produtos, sobretudo nos transportes, não há mercado suficiente em Portugal para uma empresa como esta. Fomos a primeira empresa em Portugal que conseguiu exportar software", garantiu Ernesto Morgado, co-fundador e CEO da SISCOG. Tem um volume de negócios de 12,9 milhões de euros, exporta 89,4% para 7 países e tem 141 colaboradores.

.   Categoria Exportação - Revelação

Vencedor: Indie Campers
Rent-a-caravana

É a maior plataforma global de aluguer de autocaravanas. "A ideia surgiu para suprir uma necessidade que havia em todo o mundo, que era o aluguer online de uma autocaravana de uma maneira simples, fácil, em qualquer sítio do mundo", disse Hugo Oliveira, co-Fundador e CEO da Indie Campers. A empresa começou há onze anos e está presente em 23 países. "Temos uma frota superior a 10 mil carros em mais de 100 localizações entre próprias e de parceiros", refere Hugo Oliveira. Disponibilizam ainda a compra da autocaravana no fim do período de aluguer às pessoas que o queiram. "É um dos negócios que mais está a crescer neste momento. A expectativa é crescer nos próximos anos não só com a abertura de mais localizações, mas também por meio de novos segmentos de negócio dentro do aluguer e venda de autocaravanas", salientou Hugo Oliveira. Fatura 83,5 milhões de euros, exporta 89%, para mais de 30 mercados, tem 350 colaboradores.

.   Categoria Exportação - Multinacional

Vencedor: Critical Techworks
Software de BMW

Foi uma empresa fundada em 2018 e é uma joint-venture entre a Critical Software, empresa de Coimbra, e a BMW. "Trabalhamos única e exclusivamente para a BMW, para quem desenvolvemos software", garante Vítor Franco, Business Gandalf da Critical Techworks. Em termos de exportação, 100% daquilo que fazemos é exportado. "Este ano crescemos 25% e, no próximo ano, é expectável aumentar em 20% a faturação. Em termos de pessoas, o que suporta a nossa faturação, tivemos um crescimento de 17% este ano e estimamos crescer 14% em 2025", assegura Vítor Franco. Esta exportação não se alavanca apenas na Critical Techworks, mas trabalha com 20 parceiros locais com cerca de 380 engenheiros de software. Tem uma faturação de 169,6 milhões de euros, com cerca de 3 mil colaboradores organizados em cerca de 40 unidades.

Menção Honrosa: Sword Health
A libertação da dor física

É uma empresa pioneira no mundo na área de cuidados de saúde, que combina a Inteligência Artificial com equipas clínicas especializadas "para entregarmos cuidados de saúde diretamente em casa das pessoas, a qualquer hora, para livrar o mundo da dor", refere André Eiras dos Santos, Diretor-geral de Expansão Internacional da Sword Health e membro da Founding Team. O foco é a dor física e começou pela área da doença e patologia músculo-esquelética, mas, neste momento, já oferece sete soluções, como o tratamento pélvico, na área da prevenção de lesões laborais, entre outras. A empresa nasceu born global há 11 anos, a exportação representa 99,4% e estão em sete mercados. Conta com 900 colaboradores a nível global e os Estados Unidos são o maior mercado. "O desenvolvimento da tecnologia é feito em Portugal e depois temos equipas locais de comerciais, marketing e fisioterapeutas", disse André Eiras dos Santos.

.   Categoria Exportação - Setor Estratégico - Metalomecânica 

Vencedor: Palbit
Ferramentas para multinacionais

É uma empresa com 108 anos, que tem investido na automatização dos processos de fabrico, no desenvolvimento de novas ideias e na inovação, tendo recebido vários prémios relativos ao IDI. O core business é de ferramentas de corte, aplicadas nos mais variados sectores industriais, como o automóvel, o aeroespacial, ferroviário, construção de barcos, metalomecânica e moldes. "Estamos num intenso processo de mudança da nossa atuação comercial. Estamos a fazer um percurso de melhoria dos canais de distribuição, vendendo diretamente para as grandes multinacionais com fábricas em todo o mundo, mas mantendo e desenvolvendo os parceiros de distribuição para outros segmentos", afirmou Jorge Ferreira, CEO da Palbit. Fatura 28,4 milhões de euros, exporta 93,4% para mais de 75 países e tem 213 colaboradores. 

Menção Honrosa: Valsteam ADCA
O triunfo do empreendedorismo

Em 1983, Fernando Soares abriu, com três sócios, uma empresa de instalação de redes de vapor, tendo ainda concebido equipamentos como separadores de humidade e permutadores de calor. Cinco anos depois, Fernando Soares criou a Eurofluido, como fabricante de equipamentos e importador de purgadores, válvulas, entre outros produtos. Em 1992, lança purgadores de vapor e bombas de condensado sob a marca ADCA (acrónimo de Adozinda Cachulo) e, no ano seguinte, inicia as exportações. Em 1998, passa a denominar-se Valsteam Engineering e passa a ser apenas fabricante de equipamentos. Em 2002, passou a chamar-se Valsteam ADCA Engenharia.

.   Categoria - Prémio Especial do Júri  

Vencedor: OLI-Sistemas Sanitários
Dos autoclismos às casas de banho

É constituída por um conjunto de empresas em Portugal e no estrangeiro, dedicando-se à conceção, fabricação e comercialização de materiais de construção na área da casa de banho. Em Portugal, conta com cerca de 500 colaboradores, e no estrangeiro, tem cerca de 100 colaboradores nas suas filiais comerciais e produtivas, o que lhe permite competir noutras geografias. Exporta cerca de 75% do volume de negócios e investe cerca de 2% do seu faturamento anual em I&D. Nos anos 1990, a exportação teve grande impacto no crescimento. Segundo António Ricardo Oliveira, administrador da OLI-Sistemas Sanitários, "foi a partir de clientes de exportação que a escala mudou e que entrámos nas cadeias de abastecimento internacionais. Ficámos expostos a um ambiente competitivo, muito mais agressivo, e também estimulante em termos de desenvolvimento e inovação". Foi constituída há 70 anos, tem um volume de negócios de 73 milhões de euros e exporta para 85 mercados.

.  Prémio Internacionalização - Grandes Empresas  

Vencedor: Vigent Group
Metalomecânica e produtos do mar

A Vigent é um grupo de origem familiar, criado pelos irmãos Adelino e José Silva, com como principais pilares a Metalogalva e a Brasmar. "A internacionalização está desde sempre no centro da nossa estratégia", referiu Sérgio Silva, CEO da Vigent Group. A Metalogalva tem como principais produtos, na área de energia, a produção de torres de transporte de energia, e 90% do seu volume de negócios também é feito fora de Portugal. A Brasmar dedica-se ao comércio e transformação de produtos do mar, e 70% da sua atividade é feita fora do país. As duas empresas, em conjunto, têm fábricas em 12 países e escritórios em 16 países. Constituída há 53 anos, fatura 873,3 milhões de euros, exporta 79% para 46 países e tem 2.933 colaboradores.

.  Prémio Internacionalização - Grandes Empresas  

Vencedor: Simoldes
Peças com valor acrescentado

A empresa Simoldes foi fundada em 1959 por António Rodrigues e divide-se em duas grandes áreas de negócio: a Simoldes Aços e a Simoldes Plásticos, com presença geográfica em 12 países de vários continentes. Os pilares estratégicos para o futuro passam por "consolidar o posicionamento ao nível de proximidade com o cliente, ou seja, queremos estar onde os nossos clientes estão", disse Domingos Pinto, CEO da Simoldes Plásticos. O objetivo é funcionar com base no EDI (Electronic Data Interchange) com os clientes, crescer com produtos com mais valor acrescentado e deixar de ser uma empresa que injeta peças plásticas, para se tornar uma que vende peças com mais valor acrescentado na cadeia de valor automóvel. Fatura mais de 770 milhões de euros, exporta 85% para dez mercados internacionais e tem 5.600 colaboradores. 

.  Prémio Internacionalização - Grandes Empresas  

Vencedor: Salvador Caetano
Quatro rodas pelo mundo

Em 1946, aos 20 anos, Salvador Caetano cria a empresa Martins & Caetano & Irmão, uma fábrica de carroçarias de autocarros, que seria o embrião do Grupo Salvador Caetano. O grupo tem negócios na distribuição automóvel, produção de autocarros, montagem de automóveis, aeronáutica e serviços, e detém 69,79% da Toyota Caetano Portugal. Hoje, é o maior grupo a operar na Península Ibérica, estando presente em 44 países em três continentes. A presença do grupo em África data de 1990, quando decidiu entrar em Angola, e atualmente está presente em 35 países africanos. Está também presente na Alemanha, Dinamarca, Suécia, Hungria, Reino Unido, Colômbia e Venezuela. Fatura 3,7 mil milhões de euros e tem 8.294 colaboradores.