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Star Wars: A força de uma marca que une três gerações

Desde que o primeiro filme passou no grande ecrã, em 1977, a legião de fãs da Guerra das Estrelas não parou de aumentar tendo conquistado três gerações. Mas terá esta tendência força para continuar? Segundo as estimativas de vendas de produtos da saga criada por George Lucas parece que sim. Em Portugal, por exemplo, há fãs que diminuíram o número de produtos comprados da Star Wars por falta de espaço em casa.

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O homem que desenhou os brinquedos do Star Wars durante 40 anos
04 de Setembro de 2015 às 22:30
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"É uma paixão". É assim que Paulo Oliveira, responsável pelo Star Wars Clube Portugal, explica a sua dedicação a coleccionar produtos da sua saga preferida. "É como quem gosta de bonsais ou colecciona pacotes de açúcar…".

Paulo Oliveira é um dos 186 membros do clube e um dos milhares de fãs portugueses da trilogia que conquistou o mundo. Lembra-se, como se fosse hoje, quando assistiu ao primeiro filme Star Wars, no antigo Teatro Condes em Lisboa, onde agora se situa o Hard Rock Café.

Na altura tinha 10 ou 11 anos, mas não ficou logo apaixonado nem começou a coleccionar merchandising, "até porque era uma criança e não tinha dinheiro", brincou. Só com o segundo filme, "O Império Contra Ataca", um dos seus preferidos, é que a força da saga despertou a sua atenção.

Hoje, tal como os restantes membros do Star Wars Clube Portugal, tem dezenas e dezenas de produtos dos filmes em casa.

Desde miniaturas das principais personagens, vestuário, "gadgets" até aos emblemáticos sabres de luz são vários os produtos que estes fãs portugueses compram ou trocam com outros coleccionadores dos quatro cantos do mundo. E alguns dos artigos podem ter preços bastante elevados, como uma das primeiras edições de miniaturas do Obi-Wan Kenobi a 600 dólares (cerca de 530 euros) até à da princesa Leia por três mil dólares (perto de 2.700 euros).

O número das vendas dos brinquedos da Star Wars dos últimos quase 40 anos comprova este fanatismo: 20 mil milhões de dólares (17,8 mil euros). E a expectativa é venderem-se cada vez mais produtos.

Segundo as estimativas de analistas citados pelo Financial Times, só com a nova gama de produtos do filme com estreia marcada para dia 18 de Dezembro, a Disney, que comprou por 3,5 mil milhões de euros a licença à LucasFilm, companhia criada por George Lucas, deverá arrecadar 5 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros). Batendo o actual filme recordista da Disney: Cars, que arrecadou 3 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros).

A tendência do aumento das vendas nos últimos anos deve-se, também, ao facto de agora haver mais oferta. "Em Portugal antes não havia muitos produtos", contou Paulo Oliveira. Agora "estamos sempre a actualizar a colecção". Mas devido "à crise" e "há falta de espaço" já não com tanta frequência confessou.

Quanto às previsões recordistas das vendas dos produtos do novo filme, o facto de agora estar nas mãos da Disney também ajuda. Como explicou Eduardo Cintra Torres, especialista em marketing, "a marca Star Wars vale por si, como se viu até agora, mas vale mais enquadrada num império cultural-industrial como a Disney, que proporciona" spin ofs" no merchandising, em programas e canais de TV, publicações e em parques de diversões".

 

Segunda e terceira geração

Mais de duas décadas depois da estreia do primeiro filme Star Wars, sai o primeiro episódio da segunda trilogia. Esta Era marcou a entrada de uma segunda geração na legião de fãs de personagens como Luke Skywalker, Darth Vader ou mestre Yoda. Tal como Paulo Oliveira, milhões de fãs foram ver os novos filmes com os filhos.

Este ano, o primeiro episódio, realizado por JJ Abrams, contará ainda com outra nova geração de crianças que graças aos videojogos que foram saindo nos últimos anos foram entrando no enredo da história galáctica que conquistou o mundo.

Qual o segredo para a marca Star Wars manter poder ao longo de tantos anos e ter conquistado já três gerações? "É um conteúdo com a mais alta qualidade técnica. Tem uma narrativa cuja estrutura "resulta sempre" - a dos contos populares de príncipes e princesas, heróis e vilões -, mas adaptada a um futuro longínquo, misturando magia e tecnologia", explicou Eduardo Cintra Torres.

Além disso, recriou um género do princípio do século XX entretanto desaparecido, o do folhetim cinematográfico: é a mesma narrativa serializada, já não nos jornais, na rádio ou na televisão, mas nas salas. Tudo isso garante uma legião de fãs e uma capacidade invulgar de criar merchandising de sucesso", detalha.

O evento Force Friday é uma das provas do contínuo sucesso da Star Wars. Este evento, que começou às 00:01 de sexta-feira, 4 de Setembro, teve como objectivo colocar à venda em simultâneo em 15 países os produtos do Episódio VII - O Despertar da Força.

Portugal foi um dos países escolhidos e, segundo a directora de marketing da Walt Disney Company Portugal, a adesão foi bastante superior à esperada, com vários fãs à porta antes da loja abrir.

Apesar de a empresa não divulgar números, Patrícia Reis afirma que o evento "superou as expectativas. Existe uma grande expectativa dos fãs em relação ao novo filme e a tudo o que o rodeia, o que se comprovou ontem [quinta-feira] com o elevado número de fãs que tínhamos na Disney Store já antes das 0h00".

Esta foi apenas uma das surpresas que a Disney tem na manga para os apaixonados da Star Wars: "Temos previstas inúmeras iniciativas com distintos partners ainda antes da estreia do filme nos cinemas em Dezembro, mas por enquanto não podemos partilhar mais informação", disse Patrícia Reis.

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