Notícia
Grupos de media querem concorrência leal
Os grupos de media apelam a "uma abordagem concertada" do sector para defender os direitos de autor. E igualdade fiscal e regulatória.
O pagamento de direitos de autor é outra das frentes de batalha dos media com os gigantes Google e Facebook.
Para vencer esta luta, travada há anos, os grupos do sector defendem que é necessária "uma abordagem concertada e institucional, com vista à obtenção de acordo relativamente à questão de fundo que tem a ver com o pagamento dos nossos conteúdos", como destacou a Cofina (que detém o Negócios), liderada por Paulo Fernandes.
A Impresa destaca que "é necessário proteger os direitos de autor dos produtores de conteúdos. Além, disso, mais do que nunca, o papel dos jornalistas e do jornalismo é vital". A Cofina apontou ainda que "combate a utilização não autorizada de conteúdos produzidos e pagos por nós. A independência financeira dos grupos é o suporte da independência editorial", acrescentou.
Questionados sobre as vantagens de estarem presentes no Google e no Facebook, todos os grupos concordam que têm de estar presentes onde o consumidor está. Não têm objecções em estar presentes, "desde que sejamos devidamente compensados, em matéria de pagamento de conteúdos e receitas publicitárias que possam existir da consulta dos nossos conteúdos", exemplificou a Impresa.
Outro dos pontos que une os grupos de media prende-se com a igualdade no tratamento jurídico e fiscal.
"Acreditamos que é necessário uma harmonização de regras, que vão desde o pagamento de impostos como outras empresas que operam em Portugal, até à compensação em questões de direitos de autor. Somos a favor da concorrência, não da concorrência desleal que tem acontecido, mas sim de uma competição sã, em que todos contribuem para a cadeia de valor", concluiu a Impresa.