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Renováveis contribuem para 83% da eletricidade produzida até julho

De 1 a 30 de junho, Portugal ficou na quarta posição de entre os países considerados com maior incorporação renovável na Europa, tendo alcançado o valor de 83,8%. Ficou atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca

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08 de Agosto de 2024 às 14:18
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Nos primeiros sete meses do ano, as energias renováveis contribuíram em mais de 83% para a geração de  energa elétrica em Portugal Continental, mostra o mais recente Boletim da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

Esta incorporação de fontes limpas na produção de eletricidade entre janeiro e julho representa um aumento de 14,2 pontos percentuais (p.p.) face ao período homólogo, a par de uma queda na produção de eletricidade fóssil de mais de 15% em relação aos valores registados em 2023.

De acordo com a APREN, esta descida no uso de fontes poluentes para gerar energia no país é justificada, principalmente, por uma queda na produção energética a partir de gás natural e pelo crescimento da tecnologia hídrica, que já representa 38,3% da eletricidade consumida em Portugal. 

Os primeiros sete meses do ano ficam marcados pela descida acentuada da produção de eletricidade fóssil, alavancada pela queda no gás natural (...), mas, sobretudo, pelo fortalecimento das fontes de energia renováveis, como a solar e a hídrica. Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN

O mesmo boletim indica ainda que, entre os dias 1 e 31 de julho de 2024, a incorporação renovável foi de 77,1%. E apesar da diminuição de 5,6% em relação a julho de 2023, destaca-se o aumento da produção hídrica e solar, respetivamente em 12,7 p.p. e 8,1p.p.

A tecnologia eólica foi a principal fonte de produção energética durante o mês de julho, representando 25,6% da eletricidade produzida em Portugal. Já a hídrica registou o maior número de horas de fecho de mercado, com 1.988 horas não consecutivas. As restantes formas de energia renovável foram responsáveis por mais de um quarto (29,4%) da produção no mesmo período, com 1.383 horas.

"Os primeiros sete meses do ano ficam marcados pela descida acentuada da produção de eletricidade fóssil, alavancada pela queda no gás natural, que passou a representar quase um quarto do registado no ano passado, mas, sobretudo, pelo fortalecimento das fontes de energia renováveis, como a solar e a hídrica, que, juntas, garantiram um aumento de 15% da representação renovável na geração de eletricidade em Portugal." destaca Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN.

44,3PREÇO
O preço médio horário registado no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) em Portugal foi de 44,3 euros por MWh (€/MWh), o que representa uma redução de 50,9% face ao período homólogo.

De 1 a 30 de junho, Portugal ficou na quarta posição de entre os países considerados com maior incorporação renovável na Europa, tendo alcançado o valor de 83,8%. Ficou atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca, que obtiveram 98,9%, 85,4% e 83,8% respetivamente.

Em relação ao preço médio horário, entre 1 de janeiro e 31 de julho, o preço médio horário registado no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) em Portugal foi de 44,3 euros por MWh (€/MWh), o que representa uma redução de 50,9% face ao período homólogo.

Durante este período, foram registadas 1.627 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio no MIBEL de 35,1 €/MWh.

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