O projeto da Start Campus, com um investimento de 8,5 mil milhões de euros, através de financiamento privado dos americanos Davidson Kempner e britânicos Pioneer Point Partners, vai contar com mais dinheiro. A conclusão dos edifícios e a chegada de clientes vai fazer com que o "data center" em Sines some um investimento "extraordinário de 30 mil milhões de euros". 

A informação foi partilhada por Douglas A. Koneff, Chargé d’Affaires na Embaixada dos EUA em Portugal, durante o evento que marcou a inauguração do primeiro edifício, em Sines, depois de ter entrado em funcionamento em outubro do ano passado.

"Estamos a falar de um investimento extraordinário de 30 mil milhões de euros até 2030", revelou Douglas A. Koneff, numa perspetiva em que os "'hyperscalers' [centros de dados com grande escala] trazem as melhores tecnologias para Portugal, gerando milhares de empregos qualificados, impulsionando a economia local e lançam bases para um ecossistema digital próspero".

Instado sobre o tema, o CEO da Start Campus, Robert Dunn, explica aos jornalistas que o valor apontado por Koneff é "uma estimativa", mas que se pode tornar realidade brevemente. 

"Nós vamos investir, pelo menos, 8,5 mil milhões na construção do campus com 1,2 GW. Portanto, este é apenas o custo de construção", explica. 

Os 30 mil milhões, adianta Robert Duun, são "uma referência ao investimento adicional que os clientes possam trazer quando instalarem os seus servidores, GPUs e o seu equipamento. Aí pode atingir os 30 mil milhões até 2030. É fazível". 

O CEO da Start Campus, que chegou ao cargo de forma interina depois da Operação Influencer, aproveitou para assegurar que os investidores "não vão a lado nenhum" e que os planos são para manter e ir expandindo o investimento. 

Os objetivos dos investidores e da Start Campus é bastante claro e vincado desde o início. O propósito da construção em Sines é, além de elevar Portugal, construir o maior centro de dados da Europa.

Este objetivo vai fazer com que Portugal se compare com outros países europeus, nomeadamente com Espanha, em que as tecnológicas estão a avançar com elevados investimentos. 

Atualmente, o Data Center da Covilhã, desenvolvido pela Altice e em processo de venda, é o maior em Portugal e também da Península Ibérica.