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Barragens e painéis solares batem novos recordes de produção renovável em março

A REN registou a 12 de março um novo pico de produção de energia solar, com 1976 MW. Na produção de energia hidroelétrica, o novo máximo histórico, de 7280 MW, foi atingido a 11 de março.

13 de Março de 2024 às 14:00
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De acordo com os números mais recentes da REN - Redes Energéticas Nacionais, a produção de energia com origem em fontes renováveis em Portugal tem registado novos máximos históricos nos primeiros meses de 2024, tendo sido atingidos valores recorde nos últimos dois dias, tanto na energia hídrica como na solar.

"Às 12h00 do dia 12 de março atingiu-se um novo pico de produção de energia solar, com 1976 MW. Em relação à produção de energia hidroelétrica, o novo máximo histórico, de 7280 MW, foi atingido às 22h15 de 11 de março, ultrapassando o anterior máximo de 6907 MW, registado a 28 de fevereiro", refere a REN em comunicado.
 
entre 1 de janeiro e 12 de março deste ano, as renováveis abasteceram 86% do consumo nacional. "Estes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, enquanto mantém os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço", sublinha a REN.

O último boletim mensal da REN revelou que em fevereiro as renováveis abasteceram 88% do consumo de energia elétrica no país, tendo esse mês registado "condições favoráveis para as energias renováveis". Já a energia não renovável (produzida com origem em fontes fósseis) foi responsável no mês passado pelo abastecimento de 10%, e os restantes 2% foram abastecidos com recurso a energia importada.

Por seu lado, o mais recente boletim da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) mostra que em fevereiro o preço médio horário registado no MIBEL em Portugal (57,5 euros por MWh) representa uma redução de 42,5% face ao período homólogo do ano passado. No mesmo período foram registadas 539 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade. Neste mesmo mês, foram gerados no país 4.540 GWh, dos quais 83,5% tiveram origem renovável. 

O consumo de energia elétrica subiu 0,1% em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2023. Com correção da temperatura e número de dias úteis (este mês teve 29 dias), o consumo registou um crescimento de 1,9%. Nos dois primeiros dois meses do ano, registou-se uma subida de 0,9%, ou de 2,4% com correção da temperatura e dias úteis. Nesse mês, a produtibilidade das hidroelétricas foi de 1,10 (média histórica de 1), a das eólicas 1,19 (média histórica de 1), enquanto a fotovoltaica teve um índice de 0,92 (média histórica de 1).

Também no mês passado já se tinham registado novos valores máximos nas potências entregues à rede nas três tecnologias. As hidroelétricas atingiram uma potência máxima de 6906 MW no dia 28 de fevereiro, as eólicas 5019 MW no dia 29, e as fotovoltaicas 1919 MW no dia 19. No caso das fotovoltaicas, esta potência corresponde apenas às instalações que injetam na rede pública e que atualmente representam cerca de 2700 MW de potência instalada, sublinha a REN.

Desde o início do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situa-se em 1,21, o de produtibilidade eólica em 1,03 e o de produtibilidade solar em 0,89. No acumulado do ano até agora, a produção renovável abasteceu 84% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 44%, eólica com 30% e biomassa e fotovoltaica, ambas com 5%. A produção a gás natural abasteceu 12% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 4%.

Já no mercado de gás natural, a tendência de redução dos consumos, que se tinha interrompido em janeiro, voltou a registar-se em fevereiro, com uma contração global homóloga de 27%, condicionada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que baixou 73%, devido à elevada disponibilidade de energia renovável.

Ainda assim, o segmento convencional voltou a registar uma evolução homóloga positiva de 16%, fundamentalmente devido ao segmento dos grandes consumidores.

No final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás natural registou uma descida de 12%, repartida por uma subida de 9% no segmento convencional e uma queda de 48% no segmento de produção de energia elétrica.
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