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Portugal bate novos recordes na energia eólica e na bombagem de água em barragens
Entre janeiro e outubro, as energias renováveis abasteceram 72% do consumo de eletricidade em Portugal. Neste período, a energia hídrica foi responsável pelo abastecimento de 30% do consumo, a eólica por 26%, a fotovoltaica por 10% e a biomassa por 6%
De acordo com os dados mais recentes da REN - Redes Energéticas Nacionais, o sistema elétrico estabeleceu novos recordes históricos nas renováveis este domingo, 24 de novembro, com a produção de energia eólica a atingir 110,4 GWh e a bombagem hidroelétrica a alcançar 41,7 GWh.
No que diz respeito à produção de energia eólica, devido ao vento forte e constante que se fez sentir durante todo o dia, o total de 110,4 GWh superou o recorde anterior de 108,0 GWh, registado a 17 de outubro de 2023.
A energia eólica produzida no passado domingo representou 86% do consumo nacional. Este ano, a produção acumulada desta energia renovável representa 27% do consumo nacional, enquanto a energia solar contribuiu com cerca de 10%.
Além disso, a elevada disponibilidade de fontes de energia renovável tanto em Portugal como em Espanha levou ainda à maior utilização de sempre da bombagem hidroelétrica em Portugal no mesmo dia, com um total de 41,7 GWh. Este valor é 24% superior ao recorde anterior de 33,7 GWh, registado a 1 de maio de 2024.
O novo recorde de bombagem hidroelétrica demonstra a capacidade do Sistema Elétrico Nacional de se adaptar à maior disponibilidade de energia renovável na Península Ibérica.
Entre janeiro e outubro, as energias renováveis abasteceram 72% do consumo de eletricidade em Portugal. Neste período, a energia hídrica foi responsável pelo abastecimento de 30% do consumo, a eólica por 26%, a fotovoltaica por 10% e a biomassa por 6%. A produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto os restantes 19% corresponderam a energia importada.
Em comparação com os primeiros 10 meses de 2023, registou-se um crescimento do consumo de eletricidade de 1,9%, ou de 2,3%, com correção da temperatura e dias úteis. Note-se que, até ao final de outubro, o consumo de gás natural registou uma queda homóloga de 21%, com uma descida de 66% no segmento de produção de energia elétrica e um crescimento de 3% no segmento convencional. Globalmente, para este período, trata-se do consumo de gás mais baixo desde 2004.
Em outubro, a produção renovável abasteceu 68% do consumo, a produção não renovável 10%, enquanto os restantes 22% corresponderam a energia importada. Em outubro, as condições foram particularmente favoráveis para a produção hidroelétrica e para a eólica, com os índices de produtibilidade em 1,76 e 1,27, respetivamente (média histórica de 1).
Já no caso da fotovoltaica, o índice de produtibilidade não ultrapassou os 0,77 (média histórica de 1), tratando-se do índice mais baixo dos registos da REN para o mês de outubro desde 2010. Neste mês, registou-se um aumento do consumo de energia elétrica, com uma variação homóloga de 3,1%, ou 1,8% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.