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Energia solar bate recordes e abastece 15% do consumo de eletricidade em Portugal
Em sentido contrário, o consumo de gás natural até julho caiu 21% em Portugal, resultado de uma quebra de 68% no gás usado para produzir eletricidade.
De acordo com os dados mais recentes da REN - Redes Energéticas Nacionais, divulgados esta quinta-feira, em julho a produção de energia solar em Portugal atingiu, pela primeira vez desde sempre, 15% do consumo mensal de eletricidade. No que diz respeito a todas as renováveis, nesse mês abasteceram 53% do consumo de energia elétrica no país.
Nos primeiros sete meses do ano a produção renovável abasteceu 78% do consumo, repartidos pela hidroelétrica com 36%, eólica com 27%, fotovoltaica com 9% e biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 8% do consumo enquanto os restantes 14% corresponderam à energia importada.
Além dos 15% de solar, em julho a produção hídrica foi responsável por 14% do consumo, a eólica por 18% e a biomassa pelos restantes 6%. A produção não renovável foi responsável por 9%, tendo 38% sido abastecidos através de energia importada.
Olhando também apenas para julho o consumo de energia elétrica abastecido a partir da rede pública aumentou 3,6%, por comparação com o período homólogo de 2023, ou 2,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
O índice de produtibilidade hidroelétrico registou em julho 1,32 (média histórica igual a 1). O regime solar ficou praticamente em linha com os valores médios, com um índice de 1,01, enquanto o eólico registou 0,89.
Já no total dos primeiros sete meses do ano, o consumo subiu 1,9% face ao mesmo período do ano anterior, ou 2,5% com correção da temperatura e dias úteis.
No período de janeiro a julho o índice de produtibilidade hidroelétrica atingiu 1,33, o de produtibilidade eólica 1,04 e o de produtibilidade solar 0,95.
No gás natural, o consumo de gás natural registou em julho uma contração homóloga 33%, com quebras de 76% no segmento de produção de energia elétrica e 1,3% no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores.
Nos primeiros sete meses do ano, o consumo acumulado anual de gás natural caiu 21%, resultado de um crescimento de 2,7% no segmento convencional e de uma quebra de 68% no mercado elétrico.
O abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar um saldo exportador equivalente a 44% do consumo nacional.