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Renováveis alimentam 81% do consumo de eletricidade em janeiro. Uso de gás aumenta 6,4%

No consumo de gás natural para produção de energia elétrica, a subida foi acentuada em janeiro, na ordem dos 15%, resultado de menor disponibilidade, este ano, de energia renovável face ao ano anterior.

Investimento tem-se concentrado sobretudo em renováveis. Especialistas lembram       que falta aposta noutras áreas.
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Bárbara Silva barbarasilva@negocios.pt 01 de Fevereiro de 2024 às 12:48
O mês de janeiro de 2024 ficou marcado por mais um recorde na produção nacional de energia renovável. No dia 16 deste mês, de acordo com os dados mais recentes da REN - Redes Energéticas Nacionais, as centrais eólicas "atingiram a potência mais elevada de sempre entregue à rede, com uma [capacidade] ponta de cerca de 4900 MW".

No entanto, o mês passado foi mais rico em energia produzida nas barragens do que em energia gerada a partir do vento. Refere também a REN que as condições meteorológicas foram particularmente favoráveis para a produção hidroelétrica em janeiro, com um índice de produtibilidade de 1,30, (média histórica igual a 1), mas desfavoráveis para as eólicas e fotovoltaicas com índices de produtibilidade de 0,88 e 0,85,respetivamente.

Como reflexo precisamente deste peso maior da componente hidroelétrica, a produção renovável foi responsável por 81% do consumo no mês de janeiro. "A hidroelétrica representou 47%, a eólica 25%, a biomassa5% e a fotovoltaica 4%. A produção não-renovável, através das centrais a gás natural, abasteceu 14% do consumo e os restantes 5% dizem respeito a energia importada", informa a REN em comunicado.  
 
No primeiro mês do ano, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 1,6% em janeiro, que aumenta para 3% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

Já no mercado de gás natural, o consumo registou uma evolução positiva de 6,4% em janeiro, interrompendo a tendência de queda que se verificou ao longo de todo o ano anterior. Isto tendo em conta "comportamentos homólogos positivos" tanto no segmento convencional, que registou um crescimento de 3,6%, como também no segmento de produção de energia elétrica. Neste último caso, a subida foi mesmo mais acentuada, na ordem dos 15%, resultado de menor disponibilidade, este ano, de energia renovável face ao ano anterior.
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