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Importação de energia elétrica atinge "valor mais alto de sempre" até maio
A importação de energia elétrica até maio atingiu "o valor mais elevado de sempre" no sistema elétrico nacional, com 4.402 GWh, face ao anterior recorde de 4.203 GWh no mesmo período de 2008, divulgou esta sexta-feira a REN.
03 de Junho de 2022 às 10:32
Neste período, o índice de produtibilidade hidroelétrica (das barragens) registou 0,35, muito abaixo da média histórica que é igual a 1, o índice de produtibilidade das eólicas foi 0,95 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar 1,06 (média histórica igual a 1).
"Apesar do muito reduzido valor de hidraulicidade, a produção renovável abasteceu 49% do consumo de energia elétrica entre janeiro e maio, repartida pela eólica com 26%, hidroelétrica com 12%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 30% do consumo, com os restantes 21% a corresponderem ao saldo importador", precisa a REN.
Considerando apenas o mês de maio, o consumo de energia elétrica "manteve a tendência de crescimento dos últimos meses", registando uma variação mensal homóloga de 2,9%, ou de 1,9%, com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
Ainda neste período, o regime hidroelétrico manteve-se seco, com um índice de 0,42 (média histórica igual a 1), tendo o regime eólico, também, apresentado um valor abaixo da média histórica (0,88).
"Apenas o regime fotovoltaico ficou acima dos valores médios, registando 1,05 (média histórica igual a 1)", nota a REN, acrescentando que, "ainda em maio, a produção renovável abasteceu 45% do consumo, a não renovável 33%, enquanto os restantes 22% corresponderam a energia importada".
Já no mercado de gás natural, registou-se em maio um crescimento de 3,2%, em "resultado de uma quebra de 22% no mercado convencional, compensada pela subida no segmento de produção de energia elétrica, que registou um aumento homólogo de cerca de 70%".
De acordo com a REN, "o abastecimento foi efetuado integralmente a partir do terminal de GNL [gás natural liquefeito] de Sines, mantendo-se exportações através da interligação com Espanha, que representaram este mês cerca de 16% do consumo nacional".
De janeiro a maio, o consumo acumulado anual de gás natural "esteve praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior", registando um crescimento global de 0,2%, resultado de uma quebra de 23% no segmento convencional e de um crescimento de 67% no segmento de produção de energia elétrica.