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Renováveis abasteceram 89% do consumo de energia elétrica. Não se via um primeiro trimestre assim desde 1978

Em março, a produção de energias renováveis abasteceu 91% do consumo de energia elétrica em Portugal, apresentando pelo terceiro mês consecutivo valores acima dos 80%

Até 2030, Portugal tem como meta leiloar 10 GW de energia eólica offshore, o que pode atrair até 40 mil milhões de investimento privado.
Violeta Santos Moura/Reuters
01 de Abril de 2024 às 15:44
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A produção de energias renováveis abasteceu 89% do consumo de energia elétrica em Portugal entre janeiro e março, o valor mais elevado para um primeiro trimestre desde 1978, "quando o sistema nacional ainda não tinha uma componente térmica relevante", revelam dados divulgados, esta segunda-feira, pela REN.


Segundo a REN, nos primeiros três meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica ficou em 1,38, o de eólica em 1,07 e o de solar em 0,87 (médias históricas de 1). Assim, a hidroelétrica foi responsável por abastecer 47% do consumo, a eólica 31%, a fotovoltaica 6% e a biomassa 5%. A produção a gás natural abasteceu 11% do consumo, enquanto o saldo de trocas com estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a cerca de 1% do consumo nacional.

Só em março, a produção de energias renováveis abasteceu 91% do consumo de energia elétrica em Portugal, apresentando pelo terceiro mês consecutivo valores acima dos 80%, depois dos 88% em fevereiro e 81% em janeiro. O consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 1,6%, ou 2,9% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, enquanto no trimestre deu-se uma subida de 1,1%, ou 2,6%.

Neste mês, a hidroelétrica registou um índice de produtibilidade de 1,78 (média histórica de 1) e um novo máximo de potência entregue à rede de 7280 MW no dia 11. O índice de produtibilidade eólico situou-se nos 1,15 enquanto o solar registou um índice de produtibilidade de 0,86 (médias históricas de 1).

O saldo mensal de trocas com o estrangeiro foi exportador, o que acontece pela primeira vez este ano, equivalendo a cerca de 11% do consumo nacional.

No mercado de gás natural registou-se uma descida homóloga, em março, de 5,8%. Uma variação motivada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que teve uma quebra homóloga de 24%, devido à elevada disponibilidade de energia renovável. Já no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, o consumo ficou praticamente em linha com o verificado no mesmo mês do ano anterior (descida de 0,1%). O abastecimento do sistema nacional foi efetuado quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, sendo o saldo de trocas através da interligação com Espanha muito reduzido, especifica a REN.

No final do trimestre, o consumo acumulado anual de gás registou uma descida homóloga de 10%, tratando-se do consumo mais baixo desde 2014, destaca a REN, num conunicado enviado às redações.

Já o segmento de produção de energia elétrica contraiu 43% face ao período homólogo, enquanto o segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, cresceu 5,9%.

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