Notícia
Renováveis ainda não fizeram baixar fatura da luz dos portugueses, diz ministra
Em 2024, 71% do consumo nacional de eletricidade veio de fontes limpas. Ainda assim, diz Maria da Graça Carvalho, essa percentagem não se traduz em faturas da luz mais baixas para as famílias: "Ainda não há benefícios visíveis por via das renováveis".
A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, afirmou esta quarta-feira que a forte aposta de Portugal nas energias renováveis ao longo dos últimos anos ainda não contribui para baixar a fatura energética dos portugueses.
A governante sublinhou que, em 2024, se assinalou mais um marco histórico, com 71% do consumo nacional de electricidade provenientes de fontes limpas. Ainda assim, essa percentagem não se traduz em faturas da luz mais baixas para as famílias, reconheceu.
"Numa altura em que as energias renováveis já são competitivas do ponto de vista económico, e num país em que estas assumem um peso significativo no mix energético, continuamos a não dar esse retorno aos consumidores".
A ministra citou dados do Eurostat para mostrar que entre os primeiro semestres de 2023 e de 2024, Portugal foi o terceiro País da União Europeia em que se verificou um maior aumento do preço médio da eletricidade para consumo residencial, apenas atrás da Irlanda e da França,
A ministra falou na manhºa desta quarta-feira na abertura do seminário da Entidadade Reguladora para os Serviços Energéticos sobre a "Análise do setor elétrico e prospetiva para o novo período regulatório 2026-2029".
No evento, o regulador apresentou o seu novo Atlas Regulatório do Setor Elétrico, um documento com mais de 600 páginas que a ERSE levará em breve a uma pré-consulta prévia para recolher contribuições. Neste Atlas o regulador faz um retrato de toda a cadeia de valor energética ao longo dos últimos cinco anos.
"Estamos a entrar num período regulatório de grande exigência com a toda a nova legislação que vem da União Europeia. Portugal está há vários anos na trajetória certa a nível europeu e mundial, com recordes nas renováveis todos os anos", sublinhou a ministra.