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Depressão Martinho dá "gás" às turbinas e energia eólica bate recordes

Segundo a REN, a produção eólica desta quarta-feira chegou a máximos históricos e abasteceu 56% do consumo de eletricidade registado no país. No mesmo dia, a totalidade da produção renovável foi responsável pelo abastecimento de 92% das necessidades de energia elétrica do país.

A reforma da UE pretende que a energia gerada pelas renováveis seja mais barata, sem a influência do gás.
Stevo Vasiljevic/Reuters
20 de Março de 2025 às 16:25
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De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pela REN - Redes Energéticas Nacionais, a produção de energia eólica acaba de atingir novos máximos históricos em Portugal, alimentada pelos ventos fortes da depressão Martinho, que afetou o país. Esta quarta-feira, 19 de março de 2025, a produção total diária de energia elétrica gerada pelo vento atingiu os 112,4 GWh, batendo os 110,3 GWh registados a 24 de novembro de 2024.

"A depressão Martinho permitiu ainda uma nova potência eólica máxima de 5080 MW, às 12h15, ultrapassando os 5034 MW obtidos às 13h45 de 29 de fevereiro de 2024", refere a REN em comunicado.

A produção eólica registada esta quarta-feira abasteceu 56% do consumo de eletricidade registado no país, sublinha o operador da rede nacional de transporte de eletricidade. No mesmo dia, a totalidade da produção renovável foi responsável pelo abastecimento de 92% das necessidades de energia elétrica do país.

Desde o início do ano, a produção renovável representa 79% do consumo nacional repartida pela hídrica com 39%, a eólica com 28%, a solar com 7% e a biomassa com 5%. "Estes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, enquanto mantém os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço no Sistema Elétrico Nacional, mesmo em situações mais adversas como as de ontem", conclui a REN.


No mês passado, a produção renovável abasteceu 78% do consumo de energia elétrica em Portugal. Tal como já tinha acontecido em janeiro, as condições foram  favoráveis para a energia hidroelétrica, com um índice de produtibilidade de 1,28 ( média histórica igual a 1). Em sentido oposto, tanto nas eólicas como nas fotovoltaicas as condições foram particularmente desfavoráveis, com os índices respetivos a registarem 0,71 e 0,83, respetivamente.

No caso da energia solar, o contínuo aumento da potência instalada permitiu manter crescimentos homólogos elevados (27%), com a potência entregue à rede a atingir pela primeira vez pontas da ordem de 2800 MW.


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