Notícia
Porto perde mais uma livraria a 19 de abril
Escassos meses depois do fecho da Fnac e da histórica Latina, que estavam instaladas na mais comercial rua da Invicta, agora é a Livraria Nunes que diz adeus à maior avenida da cidade.
A 30 de setembro passado, a Baixa do Porto perdia uma da suas mais importantes âncoras comerciais. Instalada há quase 35 anos no icónico edifício Palladium, na Rua de Santa Catarina, a Fnac encerrava, assim como a loja de roupa C&A, que dividia o espaço com a marca francesa.
As negociações com o senhorio para a renovação do arrendamento não chegaram a bom porto, estando agora o edifício em obras para acolher a primeira loja da Primark na cidade Invicta.
Três meses depois, a 4 de janeiro, no cume da mais comercial rua do Porto, encerrava a histórica Livraria Latina.
Aberta durante a II Guerra Mundial, em 1942, a Latina esteve nas mãos da família Perdigão durante três gerações, até ser adquirida pela editora Leya.
Pouco tempo antes, o autarca Rui Moreira tinha garantido que o encerramento nada tinha que ver com especulação imobiliária. "Eles resolveram encerrar a loja. O presidente da Câmara nada pode fazer, apenas chorar como os outros e dizer ‘que pena que já não há a livraria onde comprei e apresentei livro", disse à Lusa.
Entretanto, há mais uma livraria no Porto que tem os dias contados. Na Avenida da Boavista, a antiga Livraria Estudo, aberta em 1987 e que foi adquirida em 1999 por Manuel Nunes, que a batizou com o seu nome – Livraria Nunes, fecha portas a 19 de abril próximo.
O negócio há muito que vinha definhando, por força das mudanças nos hábitos do consumo, tendo a estocada final – segundo o seu proprietário – ocorrido há cerca de um ano, quando a avenida entrou em obras para a instalação do canal de metrobus, com Manuel Nunes a queixar-se de que os clientes que se deslocam de automóvel não têm onde parar ou estacionar.