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Inflação na Zona Euro abranda para 2,2% em março com serviços a ceder

Estimativa rápida do Eurostat aponta para uma nova desaceleração dos preços em março. Este terá sido o segundo mês consecutivo de abrandamento da inflação. Preço dos serviços cede, após meses a resistir. Preço da energia regressa a valores negativos e alimentos aceleram.

DR
01 de Abril de 2025 às 10:18
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A taxa de inflação na Zona Euro terá abrandado, em termos homólogos, para 2,2% em março, segundo a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta terça-feira. Este terá sido o segundo mês consecutivo de abrandamento da inflação entre os países da moeda única e é explicado sobretudo pelos preços dos serviços, que tiveram a maior desaceleração desde o verão do ano passado. 

A estimativa rápida do Eurostat revela que o índice harmonizado de preços relativo aos serviços abrandou de 3,7% para 3,4% em março, depois de ter oscilado nos últimos meses entre pequenas descidas e subidas sem haver um real arrefecimento de preços. Apesar disso, os serviços foram a componente que mais pesou no índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), à semelhança do que tem vindo a acontecer no último ano. 

A segunda componente que mais pesou no IHPC foram os alimentos, álcool e tabaco. Mas, ao contrário do que se verificou nos serviços e nas restantes componentes do cabaz de consumo, o IHPC dos alimentos teve uma aceleração em março, passando de uma variação homóloga de 2,7% para 2,9%

Já o IHPC relativo aos bens industriais não energéticos manteve-se estável nos 0,6% em março, enquanto o índice que diz respeito aos bens energéticos diminuiu, passando de 0,2% para -0,7% em março. Este regresso a valores negativos significa que, em comparação com o ano passado, o preço da energia na Zona Euro está, em termos gerais, mais barato do que há um ano.

A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preço (produtos alimentares e energia), passou de 2,6% para 2,4% em março, depois de ter estado quatro mês inalterada nos 2,7% até ao arranque deste ano. Este indicador permite aferir até que ponto é que a inflação "contagiou" o cabaz de produtos com preços mais estáveis, como a educação e saúde, e é acompanhado de perto pelo Banco Central Europeu (BCE) no desenho da política monetária.

Portugal abaixo da média 

Entre os 20 países da moeda única, a variação homóloga do IHPC acelerou em sete (Itália, Grécia, Irlanda, Finlânia, Lituânia, Eslovénia e Eslováquia), estabilizou em dois (França e Malta) e desacelerou nos restantes. Em Portugal, a variação homóloga do IHPC em março foi de 1,9%, três décimas abaixo da média da Zona Euro.

As taxas de inflação mais elevadas foram observadas na Estónia, Croácia e Eslováquia (todas elas com uma variação homóloga de 4,3%). Do lado oposto da tabela, França (0,9%), Luxemburgo (1,5%) e Irlanda (1,8%) apresentaram as taxas mais baixas.

(notícia atualizada às 10:42)

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