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Ao minuto01.04.2025

Europa fecha no verde antes de tarifas recíprocas

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Richard Drew/AP
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01.04.2025

Europa fecha no verde antes de tarifas recíprocas

Os principais índices europeus fecharam com valorizações esta terça-feira, quebrando quatro dias consecutivos de perdas, enquanto os investidores mantiveram o foco nas tarifas dos Estados Unidos (EUA) a serem anunciadas durante o dia de amanhã.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – subiu 1,07%, para os 539,64 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 avançou 1,10%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,23%, o italiano FTSEMIB pulou 1,33%, o holandês AEX subiu 0,72% e o alemão DAX ganhou 1,70%. Já o britânico FTSE 100 avançou 0,61%.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, vai divulgar a sua proposta de tarifas recíprocas esta quarta-feira, durante um evento na Casa Branca. A incerteza em torno de como se materializarão estas barreiras ao comércio tem sido um fator de crescente preocupação entre os investidores.

Trump indicou que estas taxas alfandegárias - que serão aplicadas "país a país" - poderão ser "brandas" e mais baixas do que as que foram cobradas aos EUA durante décadas. Na sexta-feira, Trump disse que estava disponível para entrar em negociações que reduzam as tarifas que pretende implementar sobre vários países, mas não espera acordos antes do anúncio que fará a 2 de abril.

O Stoxx 600 fechou o primeiro trimestre do ano a registar o maior desempenho trimestral de sempre em relação ao S&P 500, em termos de dólares, sobretudo devido ao otimismo em torno do aumento das despesas orçamentais e da melhoria das perspetivas económicas do Velho Continente.

À Bloomberg, Joachim Klement, do Panmure Liberum, disse que espera que o mercado permaneça num padrão de espera antes do anúncio de quarta-feira. "Atualmente, parece que o Reino Unido e a União Europeia serão ambos atingidos pelas tarifas, mas o Reino Unido poderá obter um alívio tarifário mais tarde, uma vez que tem uma relação comercial mais equilibrada com os EUA", disse Klement. "Isto poderia, em última análise, beneficiar a economia e as ações do Reino Unido, mas temos de esperar até quinta-feira para obter mais clareza. Até lá, o melhor é mantermo-nos à margem", afirmou o especialista.

Entre os setores, o da tecnologia e dos bens e serviços tiveram um desempenho superior, com valorizações de 1,74% e 1,59%, respetivamente, enquanto os setores automóvel e mineiro - os mais expostos aos futuros direitos aduaneiros dos EUA - também avançaram. A destoar deste cenário estiveram os media. O setor foi o único a registar perdas, com uma desvalorização de 0,10%.

Quanto aos movimentos de mercado, a Bavarian Nordic avançou mais de 2%, depois de ter obtido a aprovação do regulador farmacêutico dos EUA, a FDA, para a comercialização de uma vacina de prevenção da varíola.

01.04.2025

Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram em toda a linha esta terça-feira, num dia em que os principais índices europeus fecharam em terreno positivo.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 5,6 pontos base, para 3,194%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 5,7 pontos, para 3,313%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu 5,3 pontos base para 3,397%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram 5,2 pontos, para 2,683% .

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e cederam 4,5 pontos base para 4,632%.

01.04.2025

Ouro corrige ligeiramente após atingir recorde

O ouro nunca esteve tão caro. Esta terça-feira, o metal amarelo chegou a atingir os 3.148,88 dólares por onça, valor que entretanto recuou ligeiramente para 3.129,84 dólares. 

Com o anúncio das tarifas recíprocas do Presidente dos EUA a aproximar-se, os investidores apostam cada vez mais no metal como forma de "porto seguro". 

Segundo o jornal Washington Post, a equipa de Donald Trump já terá desenhado o plano para taxas que devem rondar os 20%. Ainda este fim de semana, o republicano reiterou que as sanções vão visar todos os países, sobretudo aqueles que, de alguma forma, "tratar de forma injusta" a América.

O mercado acredita que as políticas comerciais dos EUA vão fazer mossa na economia norte-americana. O Goldman Sachs reviu em alta a probabilidade de uma recessão de 20% para 35%, assim como espera que a Reserva Federal corte mais vezes as taxas de juro. 

Os analistas não deixam de lembrar a importância das compras de ouro por parte dos bancos centrais, que tem também sustentado o "rally" do metal.

01.04.2025

Petróleo estabiliza após ameaça de Trump à Rússia

O barril de petróleo voltou a estabilizar, depois dos fortes ganhos na sessão de segunda-feira e de serem dissipadas novas tarifas sobre petróleo russo.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – avança 0,17% para os 71,60 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,13% para os 74,87 dólares por barril.

Durante o fim de semana, o presidente dos Estados Unidos da América mostrou-se "muito chateado" com Vladimir Putin por causa da guerra na Ucrânia e ameaçou a Rússia, que é o terceiro maior produtor mundial desta matéria-prima, com fortes tarifas sobre a importação do petróleo. Estas declarações impulsionaram o preço do barril de petróleo, mediante um aumento do risco de disrupções no abastecimento e também do preço.

"As interrupções no abastecimento permanecem apenas na teoria e, até que as tarifas entrem em vigor, países como a China e a Índia deverão continuar a comprar petróleo à Rússia e ao Irão. Além disso, os investidores estão a aguardar com expectativa o 'Dia da Libertação', quando os EUA se preparam para impor uma vaga de tarifas aos seus parceiros comerciais — uma medida amplamente vista como uma ameaça ao crescimento económico global e que poderá afetar a futura procura de petróleo", sustenta Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, numa análise sobre o preço do petróleo. 

01.04.2025

Wall Street negoceia no vermelho com tarifas à vista

Os principais índices norte-americanos negoceiam esta terça-feira em terreno negativo, à medida que os investidores aguardam pelo anúncio das novas tarifas recíprocas da Administração norte-americana, sendo que ainda há muita incerteza sobre como se materializarão estas novas barreiras ao comércio.

O S&P 500 perde 0,42% para os 5.588,16 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cede 0,46% para 17219,76 pontos. Já o Dow Jones desvaloriza 0,50% para 41.790,15 pontos.

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, vai anunciar o seu plano de taxas alfandegárias recíprocas esta quarta-feira às 20h (horário de Portugal continental), a partir da Casa Branca. As imposições que estas tarifas acarretarão ainda permanecem pouco claras.

Há dúvidas sobre se Trump vai adotar uma abordagem mais branda ou mais dura, o que tem afastado os investidores de ativos de maior risco.

"Os investidores estão a pensar no que poderá ser anunciado esta semana", disse à Bloomberg Laura Cooper, estratega de investimentos globais da Nuveen. "O leque de resultados é tão vasto que os investidores estão a debater-se com a forma de determinar o preço desse potencial resultado", acrescentou.

O dia 2 de abril marca, para o Presidente norte-americano, o "Dia da Libertação" e o início de uma política mais protecionista por parte dos EUA. Até à data, Trump já impôs taxas sobre o Canadá, o México e a China - os três maiores parceiros comerciais dos EUA - bem como sobre os automóveis, o aço e o alumínio. Em cima da mesa estão ainda impostos sobre as importações de cobre.

Com o anúncio das tarifas recíprocas, é esperado o início de negociações entre os EUA e os seus parceiros comerciais, o que poderá pressionar a economia global e manter a volatilidade no mercado elevada.

"Poderemos ter outro período de potenciais negociações, o que apenas irá prolongar esta incerteza", explicou Laura Cooper.

Entre os movimentos de mercado, a Johnson & Johnson perde quase 4% a esta hora, depois de um juiz federal ter rejeitado a terceira tentativa da empresa de recorrer à falência de uma das suas unidades para criar um fundo fiduciário de vários milhares de milhões de dólares destinado a compensar pessoas que afirmam que o pó de talco para bebés e outros produtos da marca estavam, alegadamente, contaminados por uma substância tóxica. A Delta Airlines, que cede mais de 4%, e a Southwest Airlines, que perde mais de 2%, seguem a desvalorizar depois de analistas da Jefferies terem reduzido as classificações das companhias aéreas devido à preocupação com os gastos dos consumidores em viagens aéreas dentro dos EUA.

Quanto às "big tech", a Alphabet perde 0,38%, a Nvidia ganha 0,37%, a Amazon cai 1,01%, a Microsoft desliza 0,47%, a Meta regista perdas ligeiras de 0,066% e a Apple cede 1,34%.

01.04.2025

Euribor descem a 3, a 6 e a 12 meses para novos mínimos de mais de 2 anos

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde, respetivamente, janeiro de 2023 e novembro e setembro de 2022.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,324%, ficou acima da taxa a seis meses (2,309%) e da taxa a 12 meses (2,277%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,309%, menos 0,027 pontos e um novo mínimo desde 17 de novembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,277%, menos 0,029 pontos e um novo mínimo desde 16 de setembro de 2022.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, caiu hoje, ao ser fixada em 2,324%, menos 0,012 pontos e um novo mínimo desde 12 de janeiro de 2023.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

01.04.2025

"Mais correção do que otimismo". Europa valoriza antes de novas tarifas dos EUA

As bolsas europeias iniciaram a primeira sessão de abril com ganhos, afastando-se das quatro sessões consecutivas em que negociaram no vermelho. 

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, avança perto de 1% esta manhã, estando a tentar recuperar da perda de 1,5% da sessão de segunda-feira. Esta subida está apoiada no crescimento dos setores tecnológico, saúde e mineiro, que sobem 1,50%, 1,38% e 1,22%, respetivamente.

Com as novas tarifas dos Estados Unidos a serem conhecidas amanhã e Bruxelas a garantir ter um "plano sólido para retaliar" e reforçar o mercado único da Europa, os analistas entendem esta subida das praças europeias como "mais uma correção do que otimismo". "Incertezas e um sentimento de tensão vão continuar amanhã com o anúncio das tarifas", explica o analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, à Reuters, adiantando que as taxas recíprocas podem ter um "potencial impacto negativo nos lucros das empresas". 

Entre os destaques desta manhã, a Novo Nordisk valoriza 3,13% para 64,93 euros, depois de se saber que a farmacêutica dinamarquesa está a avançar para ensaios clínicos para um novo medicamento cardíaco.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 sobe 1%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,63%, o italiano FTSEMIB cresce 0,78%, o holandês AEX soma 0,86% e o alemão DAX avança 1,22%, enquanto o britânico FTSE 100 sobe 0,78%.

01.04.2025

Juros aliviam na Zona Euro à espera da inflação

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a registar grandes alívios esta manhã, num dia em que vão ser conhecidos os dados da inflação na região relativos a março e numa altura em que os preços na Alemanha desaceleraram mais do que o esperado no mês em questão.

A inflação no país desacelerou para 2,3% em março, abaixo da expectativas dos analistas que apontavam para uma redução para os 2,4%, em termos homólogos. No mês anterior, a inflação tinha crescido 2,6%, quando comparado com fevereiro de 2024.

Os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, recuam 5,8 pontos base para 2,677%. Por sua vez, as "yields" francesas com a mesma maturidade perdem 6,2 pontos para 3,389%, enquanto os juros italianos registam o maior alívio, ao deslizarem 7,6 pontos para 3,789%. 

Na Península Ibérica, as "yields" portuguesas recuam 6,2 pontos para 3,189%, enquanto as espanholas aliviam 6,4 pontos para 3,306%. Estas movimentações ocorrem numa altura em que os membros do Banco Central Europeu (BCE) continuam a demonstrar grande incerteza em relação a um novo corte nas taxas de juro em abril, com os dados da inflação de março a poderem ser decisivos para o caminho que a autoridade monetária vai adotar.  

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos negoceiam com a mesma tendência que os seus pares europeus e recuam 6,7 pontos para 4,610%.

01.04.2025

Dólar inalterado à espera das tarifas de Trump

O dólar está a negociar praticamente inalterado face aos seus principais concorrentes, numa altura em que os investidores aguardam por novos desenvolvimentos na política comercial norte-americana, prometidos para quarta-feira.

No domingo, Donald Trump anunciou que iria introduzir tarifas recíprocas para todos os países sem exceção, contrariando declarações anteriores em que abria a porta a negociações com alguns dos seus parceiros comerciais para evitarem taxas alfandegárias. Com os detalhes ainda por revelar e considerando a volatilidade das decisões do Presidente dos EUA, os investidores aguardam com expectativa qualquer desenvolvimento nesta matéria.

"Esperamos um atraso de cerca de um mês na implementação [das tarifas], deixando espaço para negociação. É expectável que cerca de um terço ou metade das medidas anunciadas não sejam implementadas - pelo menos, durante um período alargado de tempo", explica Claudio Irigoyen, analista do Bank of America, à Reuters.

Assim, o euro recua 0,07% para 1,0808 dólares, numa altura em que a União Europeia (UE) se mostra disponível para negociar com Trump, mas já prometeu retaliar na mesma moeda caso Washington se mostre inamovível. O índice do dólar – que mede a força da divisa contra as suas principais rivais – está praticamente inalterado, recuando uns ligeiros 0,01% para 104,173 pontos.

O índice está a ser pressionado pelo desempenho da "nota verde" face à divisa nipónica. O dólar continua a perder terreno e recua 0,24% para 149,60 ienes, com a expectativa de um aumento das taxas de juro no Japão a continuar a alimentar o "rally" da moeda. No primeiro trimestre do ano, o iene valorizou quase 5%.

01.04.2025

Mais um dia, mais um recorde. Tarifas dos EUA continuam a dar brilho ao ouro

O ouro voltou hoje a registar máximos históricos, numa altura em que os mercados aguardam detalhes relativamente às novas tarifas de Donald Trump. Ativo-refúgio por excelência, o metal amarelo avança 0,29% para 3.132,56 dólares por onça a esta hora. 

Chegou, no entanto, a atingir esta manhã um novo recorde ao negociar com um valor de 3.148,88 dólares por onça, sendo a quarta sessão consecutiva em que renova máximos

"A antecipação das tarifas recíprocas dos EUA a 2 de abril levou os investidores a adotarem uma postura defensiva, com alguns a reduzir riscos e a recorrer ao ouro como proteção contra a iminente volatilidade do portfólio", apontou o analista Yeap Jun Rong à Reuters.

O ouro encerrou em março o seu trimestre mais forte desde 1986, tendo superado a fasquia dos 3.100 dólares por onça. Os analistas já estão à espera que o metal suba acima dos 3.200 dólares nos próximos dias.

Perante a incerteza mundial, com várias tensões geopolíticas e as tarifas do presidente dos EUA, o ouro observou um crescimento de 19% só nos primeiros três meses do ano.

01.04.2025

Petróleo corrige ligeiramente após ter avançado quase 3%

O barril de petróleo está a corrigir ligeiramente dos ganhos da sessão anterior, depois de Donald Trump ter sugerido que os EUA podem vir a reduzir a importação de crude russo – o terceiro maior produtor mundial da matéria-prima. O Presidente norte-americano ameaçou o seu homólogo russo com o que chama de tarifas secundárias, de forma a aumentar a pressão sobre Putin para chegar a um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – recua 0,14% para os 71,38 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,15% para os 74,66 dólares por barril. Na sessão anterior, os dois crudes de referência registaram os maiores ganhos desde meados de janeiro, ao valorizarem 2,8%.

"O mercado está a encarar possíveis disrupções nas exportações de crude russo de forma mais séria", começa por explicar Vivek Dhar, analista da Commonwealth Bank of Australia, à Bloomberg. "A Rússia tem conseguido contornar as sanções com relativo sucesso, pelo menos até agora. Daí, continuarmos a considerar que possíveis disrupções alimentam o nosso cenário base" de um Brent em torno dos 70 dólares por barril este ano.

O barril de petróleo terminou o primeiro trimestre de 2025 quase no mesmo valor com que arrancou, mas com os preços a registarem grande volatilidade ao longo dos primeiros três meses do ano. Riscos geopolíticos, possíveis disrupções no fornecimento de petróleo, a OPEP a abrir as torneiras e previsões de uma quebra na procura contribuíram para este cenário de instabilidade, numa altura em que as previsões são cada vez menos otimistas para a economia global.

01.04.2025

Ásia e Europa recuperam após "sell-off". Xiaomi afunda mais de 5%

As bolsas asiáticas arrancaram abril com nota positiva, a recuperarem do "sell-off" registado na sessão anterior. Os investidores aproveitaram o final do trimestre para reverem os seus portefólios e reduzirem a exposição ao risco, numa altura em que a data para os EUA introduzirem mais tarifas na economia se aproxima. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para a melhor sessão desde 26 de março, com o Euro Stoxx 50 a crescer 0,4%.

As praças taiwanesas e sul-coreanas foram as estrelas da sessão, com o TWSE Taiwan 50 a crescer mais de 3% e o Kospi a acelerar 1,68%. O movimento de recuperação foi comum a todas as bolsas asiáticas, com a China e o Japão a registar ganhos modestos.

Tanto o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite cresceram ambos 0,2% - a melhor sessão da última semana -, numa altura em que a economia chinesa continua a mostrar sinais de resiliência. O índice dos gestores de compras (PMI) avançou para os 51,2 pontos em março, ligeiramente acima das previsões dos economistas contactados pela Reuters e dos 50,8 pontos registados em fevereiro.

A travar maiores ganhos dos índices chineses esteve, no entanto, a Xiaomi. A tecnológica afundou 4,7%, depois de um dos seus veículos elétricos - o Xiaomi SU7 - ter estado envolvido num acidente e ter explodido, matando três pessoas. A empresa está a investigar o acidente. 

Já no Japão, a sessão foi bastante volátil, com o Topix e o Nikkei 225 a oscilarem entre perdas e ganhos e a terminarem a sessão sem grandes movimentações. O Topix valorizou 0,2%, a primeira vez que o índice vê o verde em uma semana. Na sessão passada, o Nikkei 225 entrou em território de correção, ao afundar mais de 4% para mínimos de seis meses.

"Embora as praças asiáticas estejam a recuperar ligeiramente do ‘sell-off’ da sessão de ontem, é improvável que encontrem uma direção clara até que se conheça toda a extensão do plano tarifário de Trump", explica Homin Lee, analista da Lombard Odier Singapore, à Bloomberg. "Os mercados vão estabilizar se os planos de Trump forem vistos como um caso único e razoavelmente simples de cumprir, mas vão enfrentar turbulência de novo se Trump não fornecer clareza nestas dimensões", conclui.

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