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Wall Street fecha semana com fortes perdas. Inflação e consumo pressionam

Os principais índices foram penalizados pelos receios económicos, depois de dados que revelaram uma inflação acima do esperado e uma fraca despesa do consumidor antes da entrada em vigor das anunciadas tarifas de Trump. As "mecagaps" foram as mais penalizadas.

Richard Drew / AP
28 de Março de 2025 às 20:16
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As ações dos EUA desceram na última sessão da semana, fortemente penalizadas pelos fracos dados do consumo e pelos receios de que a inflação volte a acelerar com a intensificação da guerra comercial.

O S&P recuou 1,90% para 5.585,31 pontos na penúltima sessão do trimestre, que deverá ser o pior para o índice desde 2022. Já o Dow Jones recuou 1,69% para 41.583,90 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq foi o mais castigado, ao descer 2,70% para 17.322,99 pontos.  

O sentimento negativo agravou-se depois de dados que revelaram uma queda da confiança do consumidor e uma subida das expectativas de inflação de longo prazo.    

Antes, um outro conjunto de dados revelou que a despesa do consumidor foi fraca e que o indicador de inflação preferido da Reserva Federal (Fed) ficou acima das expectativas, num momento em que os mercados se preparam para o impacto da entrada em vigor das tarifas recíprocas e sobre o setor automóvel, prometidas por Trump para o início de abril.   

A inflação medida pelo índice de preços de despesas no consumo pessoal (PCE) foi de 0,4% em fevereiro, excluindo as categorias mais voláteis dos alimentos e energia. Já em termos homólogos, a inflação PCE situou-se nos 2,8%.

Com os preços ainda elevados, é pouco provável que a Reserva Federal (Fed), que tem como alvo uma inflação de 2%, avance em breve para novas reduções das taxas de juro, o que poderia dar um impulso à economia norte-americana.    

A maior preocupação, diz Bret Kenwell da eToro à Bloomberg, é que a inflação continue elevada e que a economia abrande – um cenário conhecido como "estagflação".

"Embora esse risco possa não ser o cenário base por agora, qualquer tração que ganhe vai pesar no sentimento do consumidor", assinala. "Mas a não ser que haja uma maior deterioração da economia, é demasiado cedo para entrar no barco da estagflação".   

    

As "megacaps" – as empresas de maior capitalização bolsista – afundaram, com a Amazon.com Inc. e a Alphabet Inc. a descerem mais de 4%. Entre os principais movimentos, a Lululemon Athletica tombou quase 15% depois de ter divulgado um "outlook" pessimista e ter manifestado receios sobre o consumo.

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