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Galp Energia "não se revê" nas práticas anti concorrenciais identificadas em Espanha

A Galp Energia reagiu à coima aplicada pela CNMC no âmbito de um processo por concertação nos preços dos combustíveis, afirmando que "não se revê de forma alguma" em práticas anti-concorrenciais.

1039 – Galp Energia – A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva surge na posição 1.039 da lista, sendo a segunda maior cotada portuguesa. Perdeu 195 posições face ao “ranking” de 2014.
Bloomberg
25 de Fevereiro de 2015 às 19:22
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"A Galp Energia Espanha foi hoje [quarta-feira, 25 de Fevereiro] notificada pela CNMC da aplicação de uma coima de 800 mil euros por alegadas práticas anti-concorrenciais em que a empresa não se revê de forma alguma", avançou ao Negócios fonte oficial da empresa.

 

"Segundo a notificação, a irregularidade detectada terá a ver com 'troca de informação relativa a um contrato de fornecimento e abandeiramento em Maio de 2013' que nada tinha a ver com a fixação de preços que constitui o objecto da investigação", refere a petrolífera portuguesa, acrescentando que "condena todas as práticas que ponham em causa o livre funcionamento dos mercados em que actua, e que menos sentido ainda fariam num mercado em que tem a ambição de continuar a crescer e de conquistar quota, como é o caso do mercado espanhol."

 

A Galp Energia confirmou ao Negócios que foi "notificada ao final da manhã pela CNMC" para o pagamento de uma multa resultante de um processo cujas investigações remontam a Julho de 2013, altura em que foram feitas buscas a cinco

[A Galp] condena todas as práticas que ponham em causa o livre funcionamento dos mercados em que actua.
 
Fonte oficial da Galp Energia

petrolíferas, tendo sido obtidas várias correspondências electrónicas entre as companhias.

 

A CNMC encontrou provas de concertação entre as companhias nos preços dos combustíveis em Espanha. No caso específico da Galp Energia, segundo a CNMC, foi registada "troca de informação entre a Galp Energia e Meroil sobre um contrato de fornecimento e abastecimento em Maio de 2013".

 

A Galp Energia é uma das visadas, mas há mais quatro petrolíferas que foram notificadas para pagarem multas. A maior "fatia" será paga pela Repsol. A companhia espanhola terá de pagar 20 milhões de euros, já a Cepsa terá de pagar outros 10 milhões. A Disa será multada em 1,3 milhões, sendo a multa menor, de 300 mil euros, aplicada à Meroil.

 

Os "expedientes sancionadores" foram abertos há dois anos. A Galp Energia "prestou todos os esclarecimentos necessários, entregou as alegações relevantes e toda a documentação solicitada", diz fonte oficial da empresa, recordando que "já houve ao longo da última década vários expedientes abertos onde a Galp Energia nunca foi multada". Desta vez, a CNMC decidiu fazê-lo.

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