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Lucros da Sonae recuam 21% no semestre
Comparação homóloga dos resultados indirectos no semestre foi penalizada pela avaliação de activos imobiliários e pela participação nas telecomunicações. Os resultados directos progrediram 18,7%.
A Sonae SGPS – que agrega activos de distribuição, centros comerciais, telecomunicações e tecnologias – terminou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido, após interesses minoritários, de 77 milhões de euros. O desempenho, segundo os dados apresentados esta quinta-feira ao mercado, representam uma queda de 20,9% (ou 20 milhões de euros), face ao primeiro semestre de 2015.
Os lucros ficam acima do esperado pelos analistas da Haitong (63,4 milhões), do Barclays (55 milhões), da Fidentiis (40 milhões), e abaixo do estimado pelo Caixa BI (89 milhões de euros).
A companhia registou um resultado directo, antes de interesses minoritários, de 66 milhões de euros, mais 18,7%, "traduzindo o crescimento das vendas e a melhoria do resultado financeiro líquido decorrente do menor nível de dívida líquida e do menor custo médio das linhas de crédito utilizadas".
No entanto, o resultado indirecto recuou 74,3%, no mesmo período, para 11 milhões de euros. Beneficiou "dos movimentos ‘non-cash’ relacionados com a reavaliação de activos da Sonae Sierra", que contudo foi menor do que no mesmo período do ano passado.
Acrescenta a administração liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério que o resultado indirecto beneficiou ainda "do ganho de capital obtido com a venda da participação directa de 2,14% no capital da Nos". Todavia, "numa base comparável", face ao primeiro semestre de 2015, "a contribuição do resultado indirecto foi menos em 32 milhões de euros", explica a gestão em comunicado, "devido a efeito negativo do ‘mark-to-market da Nos".
O EBITDA (ou resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) recuou 0,4%, para 190 milhões de euros. A margem EBITDA recuou 0,4 pontos percentuais, para 7,8%. A dívida líquida decresceu (1,7%), para 1.389 milhões de euros.
No primeiro semestre do ano, a SGPS registou um volume de negócios de 2.431 milhões de euros "devido principalmente ao contributo positivo da Sonae MC e da Sonae SR".
Na distribuição alimentar, a Sonae MC – dona dos hipermercados Continente, dos supermercados Continente Bom Dia, das lojas de conveniência Meu Super – alcançou um volume de negócios de 1,69 mil milhões de euros, mais 3,6%.
A Sonae SR – dona da Worten, Sport Zone e Zippy – registou um aumento de 5,5% do volume de negócio, para 614 milhões de euros. A Worten foi responsável por 404 milhões de euros (mais 1,4%) daquele total, enquanto a divisão Sonae Sports and Fashion (Sport Zone, Zippy, Mo, e que inclui agora também 50% da Salsa) o crescimento foi de 14,6%, para 210 milhões de euros.
Quanto à Sonae Sierra, que já apresentou os resultados relativos ao primeiro semestre do ano, o resultado directo da gestora de centros comerciais foi de 27 milhões de euros "uma variação neutral face ao primeiro semestre de 2015".
Já nas telecomunicações, cujos resultados totais já foram avançados, as receitas operacionais da Nos aumentaram 6,2%, para 743 milhões de euros, "mantendo forte desempenho operacional".