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Nos foi a acção preferida dos fundos portugueses em Julho

A operadora foi a cotada nacional em que os fundos registaram uma maior posição. Mas houve reforços significativos no BCP, Sonae, Altri e Navigator. A dívida portuguesa também entrou no radar.

09 de Agosto de 2016 às 16:26
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Os gestores de activos de entidades nacionais reforçaram a exposição à bolsa portuguesa em Julho. Num mês em que o PSI-20 valorizou 6,60%, a posição em cotadas da praça de Lisboa aumentou 6% para 173,4 milhões de euros, segundo dados divulgados pela CMVM esta terça-feira, 9 de Agosto.

A acção com um maior peso na carteira de investimento é a Nos. A exposição aos títulos da empresa liderada por Miguel Almeida (na foto) aumentou 12,7% para 15,4 milhões de euros. As acções da operadora valorizaram 9,93% em Julho. Nesse mês a empresa apresentou resultados semestrais que foram bem recebidos pelos analistas. O lucro subiu 7,6% para 50,9 milhões de euros no primeiro semestre.

Além dos resultados, houve uma maior clareza da estratégia da empresa no que diz respeito aos direitos desportivos, com a assinatura de acordos com a Vodafone e com a Meo para a partilha de conteúdos.

Apesar de ser a cotada nacional com maior representatividade nos fundos nacionais, a operadora nem foi a empresa em que houve um maior reforço em termos percentuais. O maior reforço ocorreu no BCP, com a exposição a ter uma subida mensal de 24,4% para 12 milhões de euros. Mas mesmo com esse aumento, o banco é apenas a sexta cotada em que os fundos mais estão investidos. Os títulos valorizaram 11% em Julho.

Entre as apostas dos gestores nacionais estiveram ainda a Sonae, a Altri e a Navigator, com a exposição a estas cotadas a aumentar mais de 10%. Ainda assim, apenas a Navigator e a dona do Continente integram, em termos absolutos, o "top 5" das cotadas em que os fundos mais estão investidos.

Além da Navigator, da Sonae e da Nos, na lista das cinco preferidas estão ainda as acções da EDP Renováveis e os CTT. Os fundos têm 14,4 milhões de euros aplicados na eólica, o que a torna na segunda cotada com um maior peso. Na empresa de correios o investimento era de 12,9 milhões de euros, o que a torna na quinta maior aposta dos fundos.

Aposta em dívida portuguesa

Além da maior exposição à bolsa portuguesa, os fundos aumentaram também o valor aplicado em títulos de dívida pública e privada nacionais. No caso dos títulos de dívida soberana, a exposição aumentou 7,3% para 133 milhões de euros. Já nas obrigações de empresas, e com o programa de compras do BCE a funcionar a todo o vapor, a subida foi de 8,1% para 116,6 milhões de euros.  

A aposta nas obrigações nacionais aparenta ter ocorrido à custa de dívida pública estrangeira. Nesse segmento houve um corte de 2,9% das aplicações para 1.028,2 milhões de euros.

Ainda a nível internacional e passando para a classe de activos de acções, as empresas estrangeiras em que os fundos portugueses mais investem são a Johnson & Johnson, a Siemens e a Procter & Gamble. 

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