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Líder no retalho alimentar, Sonae volta-se agora para o comércio grossista

O grupo dono do Continente tem estratégia de passar a fornecer também as empresas, segundo anúncio feito esta quarta-feira. “Próxima especialização” B2B passará pela hotelaria e restauração.

Bruno Simão/Negócios
11 de Fevereiro de 2016 às 09:00
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A companhia Sonae SGPS, que através da Sonae MC, dona dos hipermercados Continente, lidera o retalho alimentar em Portugal (rivaliza com a Jerónimo Martins, mas esta faz mais de dois terços da facturação consolidada na Polónia), vai expandir a sua área de actuação no sector da distribuição. Ao contrário da JM – que é líder no comércio alimentar grossista a outros comerciantes, com a Recheio – a Sonae até agora esteve arredada deste plano, vendendo apenas aos seus parceiros no negócio das mercearias de bairro Meu Super.

Se, até agora, o grupo que abriu o primeiro hipermercado em Portugal em 1985 estava focado no consumidor final, através da sua rede de mais de 40 grandes superfícies, supermercados e unidades de proximidade Meu Super, a expansão no País vai agora passar por fornecer, também, outras empresas (uma versão "business-to-business", ou B2B) na distribuição não alimentar.

Por agora, o grupo lança, já na próxima semana, o portal para a nova área de negócio de fornecimento de material de escritório a empresas, o Continente Negócios. Dedicou dois anos e meio a desenvolver o projecto, explicou esta quarta-feira, 10 de Fevereiro, Inês Valladas. A administradora da Sonae MC acrescentou que foi investido já um milhão de euros no plano, sem contar com recursos humanos. Foram criados 10 postos de trabalho directos, para uma "força de vendas dedicada", sobretudo, a grandes empresas como clientes. E sem contar com o orçamento em comunicação "sem fim", de cerca de 500 mil euros ao ano.

Mas a estratégia da Sonae MC (é a partir da "sub-holding" de retalho alimentar que irão nascer novas ramificações) "originará novas unidades de negócio em breve", com "ofertas verticais para cada sector de actividade", explicou, em conferência de imprensa, esta quarta-feira, em Lisboa.

Avançou ainda a administradora da Sonae MC que "a próxima especialização" passará pelo fornecimento de artigos de utilização doméstica, uma tradução livre de "houseware" para "hotéis e restaurantes".

Como no caso dos materiais de escritório, em que a Note (papelaria), Well’s (saúde) e Worten (tecnologia, consumíveis e electrodomésticos) irão completar a oferta alimentar da Sonae MC aos escritórios das empresas e dos empresários em nome individual que adiram oferta do Portal Continente Negócios, a empresa prevê usar as suas marcas próprias na nova estratégia.

Assim, explicou Inês Valladas, a intenção da Sonae MC para a oferta grossista de fornecimento ao canal Horeca (de hotéis, restaurantes e cafés), utilizará, por exemplo, a marca de têxteis e loiças Kasa, desenvolvida pela Sonae, e em grande parte recorrendo a fornecedores industriais nacionais.

A gestora fez notar que depois da Ikea, a marca Kasa é "a segunda maior em venda de ‘homeware" no mercado nacional, ganhando com a abertura do novo negócio a empresas de hotelaria e restauração, "uma segunda oportunidade cá dentro", explicou.

 

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