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Portas e Ulrich vão à comissão de inquérito ao BES a 17 de Março

O vice-primeiro-ministro vai explicar o encontro com Salgado na terça-feira, 17 de Março, no mesmo dia em que Fernando Ulrich. Frasquilho presta declarações dia 12. Um dia antes, falará o segundo arguido dos processos em torno do Universo Espírito Santo.

23 de Fevereiro de 2015 às 13:00
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A comissão parlamentar de inquérito vai ouvir Paulo Portas no próximo dia 17 de Março. Esta era uma audição pedida com urgência pelos partidos da oposição, depois de revelado que o vice-primeiro-ministro também se tinha encontrado com Ricardo Salgado, o que não havia sido dito pelo antigo líder do BES quando esteve no Parlamento.

 

Paulo Portas é ouvido pelas 15 horas da terça-feira, 17 de Março, e terá de falar sobre as conversas que teve com o ex-banqueiro. Na audição de Dezembro, Salgado mencionou encontros com o primeiro-ministro, a ministra das Finanças, Cavaco Silva e ainda Durão Barroso. Os encontros, em que a delicada situação do BES e do GES foi o tema, foram reiterados numa carta enviada no final desse mês à comissão parlamentar de inquérito.

 

Entretanto, a 29 de Janeiro, Ricardo Salgado remeteu nova missiva para o inquérito parlamentar, acrescentando um encontro com Paulo Portas. Nesse dia, além da carta, os deputados também souberam dessa reunião através da intervenção de José Honório, que assessorou o grupo antes da derrocada. O histórico presidente do BES justificou só ter falado da reunião naquele dia porque não lhe tinham perguntado antes pelo encontro específico com Portas. Todos os interlocutores das reuniões têm dito que nada foi feito depois das suas realizações (nomeadamente face a pedidos institucionais de ajuda), a não ser um acompanhamento da situação.

 

O mistério da reunião com Portas levou os deputados da oposição a quererem marcar uma audição com urgência, que ficou agora agendada para 17 de Março, pelas 15 horas. No mesmo dia, pelas 9h, será a vez de Fernando Ulrich prestar declarações.

 

O banco português, que se encontra a ser alvo de uma oferta pública de aquisição pelos espanhóis do CaixaBank, é um dos interessados em ficar com o Novo Banco, herdeiro dos activos e passivos considerados bons do antigo BES. Mas, como a comissão de inquérito versa sobre a gestão do grupo e do banco nos últimos anos, também a intenção de fusão do BPI com o BES, em 2000, poderá ser um dos assuntos tratados.

 

A 12 de Março, Miguel Frasquilho, antigo deputado social-democrata e actual presidente do AICEP, vai falar à comissão parlamentar de inquérito sobre os anos em que foi director-coordenador do Espírito Santo Research.

 

Arguido fala dia 11

 

No dia anterior, 11, António Soares é o protagonista das audições. É ele o segundo nome que, até agora, se conhece de arguidos no âmbito dos processos do Universo Espírito Santo.

 

Responsável pelos seguros do BES Vida, Soares demitiu-se da seguradora depois de tentativa de compra de obrigações do BES por aquela empresa do grupo que o regulador dos seguros não autorizou.

 

António Soares é um dos arguidos juntamente com Isabel Almeida, que era a responsável pelo departamento financeiro do banco e que esteve envolvida no esquema de financiamento ao grupo, com a ajuda da Eurofin, que o Banco de Portugal chegou a classificar de fraudulento.

 

PT esta e próxima semana

 

Esta terça-feira, pelas 15 horas, são ouvidos João Freixa e Jorge Martins, antigos administradores do BES nas equipas tanto de Ricardo Salgado como de Vítor Bento. Saíram aquando da nomeação de Eduardo Stock da Cunha.

 

Antes destes dois gestores, prestará declarações, pelas 9 horas, Gonçalo Cadete, responsável financeiro da Rioforte, sociedade do Grupo Espírito Santo onde a PT aplicava excedentes de tesouraria (em 2014 colocou 897 milhões de euros em papel comercial que não foram reembolsados), por vezes a preços mais elevados do que os que enfrentaria no mercado.

 

Aliás, o tema PT ganha destaque nas próximas semanas. Dia 26, pelas 16 horas, é a vez de Zeinal Bava. Henrique Granadeiro tem audição marcada para 4 de Março. No dia seguinte, é a vez de Pacheco de Melo, que tinha o pelouro financeiro. Granadeiro e Bava saíram dos cargos na PT e na Oi na sequência da não devolução do empréstimo ao GES.

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