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PCP pergunta a Passos porque falou da solidez do BES se sabia da difícil situação do banco

Os comunistas questionam o primeiro-ministro que conhecimento tinha do caso BES quando falou publicamente sobre a sua situação. A data da decisão da resolução também é alvo de pergunta.

Bruno Simão
20 de Fevereiro de 2015 às 18:20
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Pedro Passos Coelho era amigo de José Maria Ricciardi. Teve dois encontros com Ricardo Salgado sobre a situação delicada do Grupo Espírito Santo. Garantiu que uma coisa são os negócios do BES, outra os do GES. "Mesmo conhecendo as dificuldades do BES/GES, por que razão fez as declarações públicas no sentido de reforçar a confiança dos investidores e dos depositantes?" Esta é uma das perguntas que o Partido Comunista Português propõe fazer ao primeiro-ministro na comissão parlamentar de inquérito à gestão do grupo e do banco.

 

O chefe de Governo não vai prestar declarações aos deputados presencialmente. Vai responder por escrito, como quiseram fazer outros nomes políticos como Vítor Constâncio, Vítor Gaspar e Carlos Moedas. Os partidos têm de consensualizar as perguntas feitas ao primeiro-ministro. O grupo parlamentar do PCP já lançou as suas. São 13.


"Os depositantes têm razões para ter toda a confiança quanto à segurança que o Banco Espírito Santo oferece às suas poupanças. Uma coisa são os negócios que a família Espírito Santo tem e outra coisa é o banco", disse Passos Coelho a 11 de Julho de 2014. O grupo liderado pelo deputado Miguel Tiago pretende perceber como é que estas afirmações foram feitas depois de encontros do primeiro-ministro com Ricardo Salgado se sabia da situação delicada. 

 

O ex-líder do BES diz ter-se reunido com Passos Coelho a 7 de Abril, sobre a situação do grupo, e a 14 de Maio, em que houve um pedido de apoio institucional ao GES - mas em que o BES também foi referido. O primeiro-ministro sempre disse que, após estes encontros, não tomou diligências. O PCP quer conhecer, exactamente, o tema das reuniões e a resposta dada. 

 

Os comunistas também querem saber, junto de Passos Coelho, quando é que "se colocou, pela primeira vez, a hipótese de proceder a uma medida de resolução". A calendarização da aplicação da medida tem sido um assunto referido no inquérito parlamentar. 

 

Há questões feitas pelo PCP a outras entidades, nomeadamente Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, a quem pergunta se Vítor Constâncio, seu vice-governador, nunca fez comentários sobre a situação do BES.

 

As missivas dirigidas a Vítor Gaspar, Constâncio e Carlos Moedas já foram entregues. Fernando Negrão espera que na próxima semana possam começar já a chegar algumas respostas.

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