O coordenador do PCP na Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do GES, Miguel Tiago, aponta o dedo aos reguladores pela sua acção ao longo de todo o processo de colapso do banco.

Em entrevista ao jornal i desta terça-feira, 3 de Março, Miguel Tiago classifica como "farsa" a "ideia de que um mercado regulado e supervisionado conteria a natureza predadora do capitalismo".

Outra das conclusões que o comunista tira destas sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito – que têm correspondido às expectativas do PCP - prende-se com o papel do Estado. Desde 1990, considera, os sucessivos Governos "contribuíram para a consolidação de um grupo monopolista, no caso do BES".

Miguel Tiago aborda ainda a ligação entre o banco liderado por Ricardo Salgado e o Grupo Espírito Santo: "É uma questão de promiscuidade entre as componentes financeira e não financeira", resumiu.