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Gonçalo Cadete: "Só José Castela e Machado da Cruz tinham a visibilidade" sobre a dívida do GES

Só o responsável pela tesouraria e o contabilista da Espírito Santo international (ESI) "tinham visibilidade" sobre a dívida do grupo Espírito Santo, garantiu Gonçalo Cadete, antigo gestor financeiro da Rioforte. Gonçalo Cadete revelou que até ao final de 2013, a situação financeira da Rioforte era aceitável. "Depois, é outra história".

Bruno Simão/Negócios
24 de Fevereiro de 2015 às 10:15
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O endividamento das empresas participadas da Rioforte, antiga holding não financeira do GES, "era essencialmente bancário - que não do BES. 80% do financiamento era bancário e reflectia o mercado bancário português, como o BCP, CGD, BPI", revelou Gonçalo Cadete, antigo administrador financeiro daquela sociedade, entre 2009 e 2014.

 

O gestor revelou que a gestão da Rioforte "não tinha visibilidade" sobre o "financiamento global da Rioforte e da ESI. Só José Castela e Francisco Machado da Cruz tinham essa visibilidade".

 

"A Rioforte foi criada sem financiamento", adiantou Gonçalo Cadete, explicando que a dívida das participadas era gerível. Esta situação era aceitável. "Até final de 2013. Depois, é outra história", reconheceu.

 

Até final de 2013, "havia um programa de papel comercial em Portugal colocado no fundo ES liquidez. Mais tarde, a partir de Agosto de 2013, com as regras da CMVM, esse programa foi transferido para a rede de retalho do BES, BES Açores e Best". Além disso, o financiamento do grupo passava por "um programa de EMTN (emissão de obrigações de médio e longo prazo) para colocação através do Banque Privée e do ES Bank Dubai, para colocação em institucionais e clientes de 'private banking", contou o antigo CFO da Rioforte. 

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