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Gonçalo Cadete: Aumento de capital do BES ditou subida da dívida da ESI à Rioforte

A dívida da Espírito Santo International à Rioforte, que arrastou esta holding para o colapso do GES, começou a aumentar por causa do aumento de capital do BES em 2012. "O accionista disse que era um apoio com carácter transitório e temporal", contou Gonçalo Cadete na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.

Bruno Simão/Negócios
Maria João Gago mjgago@negocios.pt 24 de Fevereiro de 2015 às 10:37

O aumento da dívida da ESI à Rioforte, que em 2014 ditou que esta holding fosse arrastada para o colapso do grupo Espírito Santo (GES), começou a crescer em 2012, quando a holding de topo do GES pediu financiamento para participar no reforço de capital do BES.

 

"Até final de 2011, o saldo era de 100 milhões e não nos suscitava grandes questões. Tínhamos mais de 3.000 milhões de activos. Em 2012 foi diferente. O accionista pediu formalmente apoio mas nunca soubemos qual a utilização desses montantes. Disseram-nos que era para suportar os aumentos de capital que existiram nessa altura na ESFG e no BES. O accionista disse que era um apoio com carácter transitório e temporal", recordou Gonçalo Cadete esta terça-feira na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.

 

"Esperámos que a devolução desses montantes acontecesse no início de 2013. Ao longo de 2013, fomos tendo uma série de iniciativas para reduzir esses saldos e a redução de dívida" da ESI à Rioforte, que era de mais de 500 milhões de euros, dos quais 350 milhões era financiamento da holding não financeira à sociedade de topo do GES.

 

"A dívida inicial da ESI a Rioforte era de 369 milhões relativa à venda da Escom. Tínhamos garantias e conforto da ES Resources. Havia um comprometimento de activos da ES Resources, como o edifício de Miami, a participação na ESI e a participação no grupo de Queiroz Pereira. Havia cartas de conforto da ESI" para reembolso desses montantes. E chegou a 521 milhões em 2013, por causa dos pedidos de financiamento da ESI.

 

Esta dívida acabou por ser saldada no final de 2013, quando a Rioforte assumiu o controlo da Espírito Santo Financial Group, holding financeira do GES que controlava o BES. Mas esta operação aumentou a dívida da Rioforte em mais de 1.000 milhões de euros, o que ditou a queda desta sociedade, arrastada pelo colapso da ESI.

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