Notícia
Crise catalã "não afecta BPI" que lucra mais para o CaixaBank
Pablo Forero não espera que da Catalunha venham maus ventos para o BPI. "Não temos linhas abertas com o CaixaBank", garante. O BPI deverá gerar mais lucros para o grupo catalão do que o esperado.
A crise política na Catalunha "não afecta o BPI", apesar de os depósitos do CaixaBank terem sido penalizados pelo confronto entre os governos de Madrid e da Catalunha. A convicção é de Pablo Forero, o madrileno que lidera o banco português que, admitiu o banqueiro, "será mais rentável" para o accionista catalão.
Para o banqueiro, não há motivos para o BPI ser contagiado pela saída de depósitos que, segundo a imprensa espanhola, afectou o CaixaBank devido à instabilidade política na Catalunha. "Não há linhas [de liquidez] abertas entre o BPI e o CaixaBank", sublinhou Forero, garantindo que a gestão de liquidez das duas instituições "não pode ser articulada", já que tem rácios próprios de liquidez para cumprir.
"O BPI tem um accionista de controlo mas é um banco autónomo, supervisionado pelo Banco de Portugal e pelo Banco Central Europeu. O BPI tem resultados autónomos, capital autónomo e liquidez autónoma", sublinhou o líder da instituição, admitindo "ser mais difícil dizer se [a situação catalã] pode ter impacto na imagem" da instituição que lidera.
Forero não espera que venham maus ventos da Catalunha para o BPI, mas acredita que o banco português "será mais rentável" para o seu dono catalão do que estava inicialmente previsto. Isto porque oito meses depois de ter assumido o controlo do banco, o CaixaBank prevê que os custos de reestruturação venham a ser "significativamente inferiores aos 250 milhões inicialmente anunciados". Para já, Forero recusa adiantar o valor final destes encargos que, só no processo de rescisão de trabalhadores, totalizou 77 milhões.
Apesar de antecipar uma redução "significativa" dos custos de reestruturação, o dono do BPI espera o mesmo nível de sinergias anuais, que deverão totalizar 120 milhões a partir de 2019. Por isso, reconhece o banqueiro espanhol, o investimento do CaixaBank na instituição portuguesa gerará mais retorno para o grupo catalão do que o previsto. "O BPI será mais rentável. Será mais fácil para o banco cumprir os objectivos de rentabilidade traçados", admitiu Pablo Forero.
Desde que assumiu o controlo do BPI, a gestão nomeada pelo CaixaBank já conseguiu identificar oportunidades de gerar sinergias de 103 milhões de euros por ano, ganho que só se reflectirá na íntegra a partir daqui a pouco mais de um ano. A maior parte deste valor reflecte as poupanças conseguidas com a redução de 900 trabalhadores alcançada com o programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo. Os cortes de pessoal deverão permitir reduzir estes gastos em 55 milhões de euros por ano, enquanto os custos gerais poderão diminuir 23 milhões. Já o aumento das receitas identificado até aqui ascende a 25 milhões de euros anuais.
Para já, ainda só uma pequena parte destas sinergias foi, de facto alcançada e teve reflexos nos resultados dos primeiros nove meses do ano, período em que o BPI lucrou 23 milhões. Este resultado representa uma queda de 87,4% face aos resultados contabilizados no final de Setembro do ano passado, mas inclui 289 milhões de impactos extraordinários – 77 milhões relacionados com os custos de redução de trabalhadores e 212 milhões com o impacto negativo da venda de 2% do Banco de Fomento Angola.
Excluindo factores não recorrentes, o BPI teve resultados de 312 milhões, dos quais quase metade foi gerado em Portugal (152 milhões), um pouco mais em Angola (154 milhões) e o restante em Moçambique (sete milhões).
Presidente executivo do BPI
Para o banqueiro, não há motivos para o BPI ser contagiado pela saída de depósitos que, segundo a imprensa espanhola, afectou o CaixaBank devido à instabilidade política na Catalunha. "Não há linhas [de liquidez] abertas entre o BPI e o CaixaBank", sublinhou Forero, garantindo que a gestão de liquidez das duas instituições "não pode ser articulada", já que tem rácios próprios de liquidez para cumprir.
Forero não espera que venham maus ventos da Catalunha para o BPI, mas acredita que o banco português "será mais rentável" para o seu dono catalão do que estava inicialmente previsto. Isto porque oito meses depois de ter assumido o controlo do banco, o CaixaBank prevê que os custos de reestruturação venham a ser "significativamente inferiores aos 250 milhões inicialmente anunciados". Para já, Forero recusa adiantar o valor final destes encargos que, só no processo de rescisão de trabalhadores, totalizou 77 milhões.
Apesar de antecipar uma redução "significativa" dos custos de reestruturação, o dono do BPI espera o mesmo nível de sinergias anuais, que deverão totalizar 120 milhões a partir de 2019. Por isso, reconhece o banqueiro espanhol, o investimento do CaixaBank na instituição portuguesa gerará mais retorno para o grupo catalão do que o previsto. "O BPI será mais rentável. Será mais fácil para o banco cumprir os objectivos de rentabilidade traçados", admitiu Pablo Forero.
Desde que assumiu o controlo do BPI, a gestão nomeada pelo CaixaBank já conseguiu identificar oportunidades de gerar sinergias de 103 milhões de euros por ano, ganho que só se reflectirá na íntegra a partir daqui a pouco mais de um ano. A maior parte deste valor reflecte as poupanças conseguidas com a redução de 900 trabalhadores alcançada com o programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo. Os cortes de pessoal deverão permitir reduzir estes gastos em 55 milhões de euros por ano, enquanto os custos gerais poderão diminuir 23 milhões. Já o aumento das receitas identificado até aqui ascende a 25 milhões de euros anuais.
Para já, ainda só uma pequena parte destas sinergias foi, de facto alcançada e teve reflexos nos resultados dos primeiros nove meses do ano, período em que o BPI lucrou 23 milhões. Este resultado representa uma queda de 87,4% face aos resultados contabilizados no final de Setembro do ano passado, mas inclui 289 milhões de impactos extraordinários – 77 milhões relacionados com os custos de redução de trabalhadores e 212 milhões com o impacto negativo da venda de 2% do Banco de Fomento Angola.
Excluindo factores não recorrentes, o BPI teve resultados de 312 milhões, dos quais quase metade foi gerado em Portugal (152 milhões), um pouco mais em Angola (154 milhões) e o restante em Moçambique (sete milhões).
Não há linhas [de liquidez] abertas entre o BPI e o CaixaBank.
O BPI tem um accionista de controlo mas é um banco autónomo, supervisionado pelo Banco de Portugal e pelo Banco Central Europeu. O BPI
tem resultados autónomos, capital autónomo e liquidez autónoma.
Presidente executivo do BPI