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PSOE e governo espanhol acordam eleições em Janeiro na Catalunha

O líder socialista e o presidente do Governo espanhol já terão acordado um plano para a implementação do artigo 155.º da Constituição, que amanhã deverá ser decretado em conselho de ministros. As eleições na região deverão ser em Janeiro.

Reuters
20 de Outubro de 2017 às 09:49
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Os socialistas espanhóis (PSOE) e o governo do país vizinho chegaram a acordo para a realização de eleições antecipadas em Janeiro na Catalunha, uma das medidas que será aplicada no âmbito da activação do artigo 155 da Constituição.

O entendimento foi anunciado na manhã desta sexta-feira, 20 de Outubro, pelo Eldiario e confirmado por Carmen Calvo, número quatro dos socialistas espanhóis, em entrevista à TVE, na véspera da realização do conselho de ministros extraordinário que deverá aprovar aquela activação.

"O secretário geral do PSOE, Pedro Sánchez, tem absolutamente claro desde o primeiro minuto que isto é para levar a Catalunha a eleições. Se o sr. Puigdemont reconsiderasse que ainda está na sua mão, como presidente da Generalitat, convocá-las como eleições ordinárias para a Catalunha, seria óptimo," afirmou a encarregada, pelo PSOE, das negociações com o executivo de Mariano Rajoy sobre a questão da independência catalã. 



Rajoy e Sánchez terão acordado uma intervenção "mínima possível" na questão autonómica com o objectivo de convocar as eleições, acrescenta o Eldiario. Além do PSOE e do PP de Rajoy, também o Cidadãos de Albert Rivera defende a realização de eleições autonómicas na Catalunha.

"O [artigo] 155 não tem nada a ver com a suspensão da autonomia da Catalunha. Tem a ver com a reposição da legalidade constitucional e estatutária rompida pelos independentistas que se transformaram em secessionistas," acrescentou Carmen Calvo.

Já o vice-presidente da Generalitat (o governo catalão), Oriol Junqueras, considerou que esta via de marcação de eleições "não é a melhor forma de progredir."

Esta quinta-feira o governo espanhol anunciou o agendamento do conselho de ministros extraordinário para iniciar o processo de activação do artigo constitucional depois de o presidente da Generalitat se ter recusado dar uma resposta taxativa sobre se declarou ou não a independência catalã na sequência do referendo de 1 de Outubro.

O pacote de medidas deverá ser votado na câmara alta do parlamento, o Senado, já na próxima sexta-feira, de acordo com o El País. Puigdemont já avisou que se o artigo em causa for desencadeado, a região declarará unilateralmente a independência. 

(notícia actualizada às 10:08 com mais informação)
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