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Caixa tinha tudo pronto para garantir toda a recapitalização em 2016

António Domingues fala pela primeira vez sobre os motivos da sua saída da presidência do banco e explica alguns detalhes do plano que deixou a Macedo. Ex-líder da Caixa atribuiu adiamento da recapitalização a "aspectos orçamentais".

Bruno Simão/Negócios
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O ex-presidente da Caixa disse esta quarta-feira que a administração do banco público tinha tudo pronto para garantir a recapitalização em 2016, de forma integral. Domingues atribuiu o adiamento a "aspectos orçamentais" que atrasaram a operação.

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Do ponto de vista da Caixa estritamente era possível que a recapitalização fosse integralmente cumprida em 2016", disse o ex-presidente do banco, que cessou funções a 31 de Dezembro.

Domingues admite que a operação era complexa mas fala em razões "orçamentais" para o adiamento da recapitalização do banco, que permitirá a entrada de 5.160 milhões de euros.

"A necessidade de adiar a operação de mercado e o aumento de capital em grande medida decorreu do processo da operação harmónio ser mais complexa", disse. O que aconteceu foi por "qualquer razão que teve a ver com aspectos orçamentais", afirmou, referindo-se depois à operação que está marcada para esta quarta-feira de conversão de CoCos e transmissão da Parcaixa, que permitirão um reforço de 1.460 milhões de euros.

"A administração da Caixa preparou o banco para todas as fases da recapitalização dentro do calendário previsto", garantiu.  

Em causa está a conversão em capital de 900 milhões de instrumentos de capital contingente ("CoCos"), acrescidos de juros vencidos, e a transmissão de 49% da Parcaixa para a CGD.

Estas duas operações aumentarão o capital da instituição em, pelo menos, 1.428 milhões e serão seguidas de uma redução de capital, no valor de 6.000 milhões.

O objectivo é limpar prejuízos acumulados no valor de cerca de 2.800 milhões e criar uma reserva livre de 4.595 milhões, como a Caixa comunicou a 9 de Dezembro.

Numa segunda fase, o Estado injecta 2.700 milhões de euros no banco público e ao mesmo tempo vai ao mercado buscar 500 milhões de euros, através da emissão de obrigações.
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