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Barclays garante que venda ao Bankinter não altera condições dos trabalhadores

O "emagrecimento" do Barclays em Portugal já teve lugar nos últimos anos, pelo que os sindicatos receberam a indicação de que não deverá haver rescisões após a compra pelo Bankinter. O acordo colectivo de trabalho da banca continua a abrangê-los.

Carolina Cravinho
04 de Setembro de 2015 às 18:06
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O Barclays Portugal assegura que a venda da unidade de retalho ao Bankinter não vai alterar as condições laborais dos trabalhadores. Essa foi uma garantia dada na reunião que teve com os sindicatos da Febase, a federação que reúne sindicatos do sector bancário.

 

"O presidente do conselho de administração quis-nos informar, pessoalmente, de que a actual administração vai colaborar, pelo menos, até ao final do primeiro trimestre de 2016 e que os trabalhadores ficarão abrangidos pelo acordo colectivo de trabalho do sector bancário, sob o qual hoje estão abrangidos", contou ao Negócios Aníbal Ribeiro, da Febase.

 

O Diário de Notícias contava hoje que haveria um encontro entre a Febase a o Barclays, que se realizou mesma na manhã desta sexta-feira, 4 de Setembro, em que o tema seria a alienação da unidade. 

 

Para a Febase, as grandes preocupações com a venda passavam pela salvaguarda dos postos de trabalho e das convenções colectivas. "Ficamos satisfeitos", diz Aníbal Ribeiro, dado que teve garantias nesse sentido.

 

A 2 de Setembro, o Bankinter anunciou a compra da unidade de retalho do Barclays por 100 milhões de euros (mais 75 milhões pagos pela sua participada, a 50%, na área dos seguros pelo ramo dos seguros), em que haverá transferência da equipa de 1.000 colaboradores.

 

Segundo a Febase, não foi sinalizada pelo Barclays a intenção de o Bankinter vir a cortar nos postos de trabalho. "O Bankinter já terá manifestado à actual administração do Barclays que pertence consolidar o negócio em Portugal como está e até desenvolvê-lo", explica Aníbal Ribeiro. 

Essa tem sido uma ideia transmitida pelo Bankinter nas declarações públicas sobre a operação por parte da presidente executiva, María Dolores Dancausa, para o qual converge a ideia de que a administração de Carlos Brandão vai ser reconduzida na unidade. 

 

O Barclays Portugal já foi alvo de redução de pessoal nos últimos anos, intensificado desde o início do ano. Desde aí, houve uma redução de 29% do quadro de funcionários, que ronda os 1.000 colaboradores. Também foram cortados mais de 30% dos balcões. São 84 as agências transferidas para o novo dono. 

 

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