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Bankinter rejeita rescisões com a compra do Barclays

Tal como já tinha sido garantido aos sindicatos, os trabalhadores do Barclays que vão passar para o banco espanhol vão manter os mesmos direitos. Não deverá haver cortes, porque "o Barclays é uma entidade que já fez muitos ajustes".

Bloomberg
07 de Setembro de 2015 às 16:05
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O Bankinter pretende manter em funções os 1.002 trabalhadores que herdou ao comprar o negócio de retalho do Barclays em Portugal. Os direitos que os funcionários têm no banco britânico serão mantidos. Para já, também não haverá mudanças na rede de balcões.

 

"Não". É esta a resposta de María Dolores Dancausa sobre a possibilidade de vir a rescindir com o quadro de pessoal que será integrado com a operação, avaliada em 100 milhões de euros, conforme anunciado na semana passada.

 

"Queremos ter êxito em Portugal ao ser capazes de manter ou de aumentar os clientes. Não queremos ter êxito através da redução de pessoal. O Barclays é uma entidade que já fez muitos ajustes. A maior parte está feita. Há ajustes pontuais que podem ser feitos mas a nossa ideia é crescer", disse a CEO da instituição espanhola constituída há 50 anos.

 

Questionada, a directora financeira, Olga Ortiz, garantiu que também os direitos adquiridos se irão manter. Na sexta-feira, os sindicatos da Febase já tinham recebido a informação, como noticiou o Negócios, de que o acordo colectivo de trabalho continuaria a abranger os funcionários que seriam integrados.

 

Na operação, mudam de dono 84 agências (30 delas em Lisboa, 15 no Porto e as restantes espalhadas essencialmente pelo litoral) e ainda não previsões de quaisquer encerramentos – dado o foco que o Bankinter diz ter no segmento tecnológico. "É muito prematuro", disseram as responsáveis do banco.

 

O Bankinter adquire uma unidade de retalho do Barclays que, nos últimos anos, já tinha fechado balcões e rescindido com pessoal. No último ano, o movimento afectou 29% do quadro de funcionários e 30% dos balcões.

 

O banco espanhol optou por manter Carlos Brandão à frente da unidade de retalho do banco, que é o gestor que tem liderado o Barclays em Portugal.

 

A operação de compra deverá estar concluída, com a concretização da integração, até ao final do próximo ano.

 

Além dos 100 milhões pagos pelo banco, o Bankinter, através de uma participada que detém em conjunto com a Mapfre, comprou a unidade de seguros do Barclays. O banco britânico mantém, em Portugal, a unidade de cartões de crédito e de investimento.

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