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Banco Popular com novas provisões de até 2 mil milhões de euros
A revisão dos preços dos activos imobiliários vai conduzir a provisões adicionais, que o Expansión assinala que ascendem a 2 mil milhões. O processo deverá ficar concluído até ao final do mês, altura em que se espera que haja propostas vinculativas pelo grupo espanhol.
O Banco Popular acredita que a cobertura dos activos imobiliários vai obrigar à constituição de novas provisões até 2 mil milhões de euros, segundo avança o jornal espanhol Expansión, com base em fontes próximas do processo, mas que não são identificadas.
O banco espanhol está a levar a cabo um processo de revisão do preço dos seus activos imobiliários e, para já, a expectativa é que tenha de registar descidas dos preços no seu balanço, para se adequar ao preço do mercado, o que leva à necessidade de constituir provisões – reconhecimento antecipado de eventuais perdas que se podem concretizar no futuro.
Segundo o Expansión, o processo de revisão da carteira do imobiliário do Popular está já concretizado na sua maioria, faltando apenas percorrer 20% do portefólio, o que o banco acredita conseguir fazer até ao final de Junho.
O Popular está à venda e aguarda, neste momento, que existam propostas vinculativas, embora o El Confidencial tenha indicado que foram solicitadas mais informações sobre a situação da instituição financeira, com o principal foco na evolução dos depósitos. O Expansión diz que é no final de Junho que se espera que haja, então, propostas vinculativas pelo banco no processo que está a ser liderado pelo JPMorgan.
Em bolsa, o banco liderado por Emilio Saracho tem estado a ser castigado pelos investidores, em parte porque, ainda que se fale do Santander, BBVA, Bankia, Sabadell e CaixaBank como interessados no banco, não há ainda uma proposta firme. E a expectativa de uma intervenção pública (com uma medida de resolução) no grupo espanhol é também grande.